Acordar cedo e rezar muito
Acordar cedo, se preparar e ir tomar um café da manhã entre 6h30 e 7h30: assim começa o dia dos cardeais eleitores no Vaticano.
Às 7h45, eles chegam à Capela Paulina, de ônibus ou a pé, partindo da Domus Sanctae Marthae (Casa Santa Marta), que fica dentro do Vaticano.
Às 8h15, na Capela Paulina, acontece a celebração da Eucaristia e, às 9h30, após a recitação da liturgia das horas, começam as votações na Capela Sistina.
Se nenhum candidato receber 77 votos os mais – dos 115 –, não se confirma eleição nessa determinada rodada de votações. Então os cardeais retornam para a Casa Santa Marta, onde almoçam às 13h. Após um descanso, eles voltam para a Capela Sistina às 16h.
Às 16h50 há uma nova rodada de votações, enquanto do lado de fora o mundo olha para a chaminé da Capela Sistina para descobrir se a Igreja Católica tem um novo líder.
A fumaça preta será o sinal para os cardeais tomarem o livro da Liturgia das Horas, junto a suas mesas, para recitar as Vésperas, às 19h15, na companhia da bela obra de arte de Michelangelo e de outros artistas do Renascimento italiano.
Às 19h30, eles regressam à Casa Santa Marta, onde é servido o jantar às 20h. Em seguida eles se recolhem para descansar.
Por quanto tempo será assim?
Isso depende dos cardeais chegarem a um consenso sobre o nome do novo pontífice.
Os Conclaves dos últimos 100 anos foram breves, durando entre 1 e 4 dias no máximo.
Antes da criação do Conclave, em 1274, vários papas foram eleitos em um tempo muito curto, até mesmo no dia da morte de seu antecessor.
Com o Conclave e suas normas, passou-se a esperar pelo menos 10 dias após a morte do pontífice – ou neste caso a renúncia – antes de iniciar a eleição.
O Conclave mais rápido da história foi em 1503, que levou à eleição de Júlio II, em poucas horas. Justamente o Papa que encarregou Michelangelo de decorar o teto da Capela Sistina.