Fiéis quase bloqueiam passagem da comitiva papal, em momentos de entusiasmo com a chegada e proximidade do pontífice; Francisco seguiu de vidro aberto
Os brasileiros se acostumaram a ver uma cena no mês de junho. Grandes grupos de pessoas correndo em direção a determinadas avenidas ou estradas, fechando-as para as manifestações que se espalhavam pelo país.
Nesta segunda-feira a cena se repetiu, no centro do Rio de Janeiro. Quem viu ao vivo pela TV ou internet, no primeiro momento talvez tenha ficado aflito, pensando na possibilidade da multidão fechar o caminho do Papa, em seu primeiro itinerário, rumo à catedral.
Seria mais alguma manifestação?
Não. Era apenas o povo entusiasmado querendo ver e até tocar o Papa. E Francisco não se amedrontou. Seguiu tranquilo, no carro comum e de pequeno porte que tinha solicitado, com o vidro aberto, saudando todos que se aproximavam.
Depois que chegou à catedral, a situação ficou mais tranquila. Francisco subiu no papamóvel, também aberto nas laterais, e circulou por algumas ruas do centro do Rio, em direção ao Theatro Municipal. Mas aí já havia o cordão de isolamento, e os seguranças não precisaram se desdobrar.
Francisco fora recebido pela presidente Dilma Rousseff na Base Aérea do Galeão, às 16h. Saudou autoridades civis e eclesiásticas. Ouviu um coral infantil cantar o hino oficial da JMJ Rio2013.
O Papa queria primeiro saudar o povo e os jovens, antes mesmo da cerimônia oficial de boas-vindas, no jardim do Palácio Guanabara.
Ali no centro do Rio de Janeiro, o sorridente Francisco, já no papamóvel, beijou e abençoou ao menos cinco crianças, em seu percurso de 1,5 km junto ao povo. Estava ali o Papa simples, sem cerimônia ou luxo, alegre com a multidão que o acolhia.