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Sudão se islamiza: caça aos convertidos

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Agência Fides - publicado em 31/07/13
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As autoridades procuram localizar os convertidos do islã ao cristianismo para acusá-los de apostasia, espionagem e prendê-losPresos por apostasia, investigados e acusados de espionagem, os muçulmanos convertidos ao cristianismo no Sudão correm mais perigo desde a secessão do Sudão do Sul, em julho de 2011, segundo informou a agência de notícias vaticana Fides.
 
O presidente sudanês Omar al-Bashir declarou, em repetidas ocasiões, sua intenção de reforçar a sharia, para tornar o país 100% islâmico.
 
Segundo a lei islâmica, a apostasia (abandonar o islamismo por outra religião) é castigada com a pena de morte no Sudão, ainda que ninguém tenha sido executado por este "delito" nos últimos 20 anos.
 
No entanto, cerca de 170 pessoas foram presas ou acusadas de apostasia entre 2011 e 2012.
 
As autoridades estão procurando localizar os convertidos do islã. Diversas ONG comentaram o caso de um cristão das Montanhas Nuba que fugiu do Sudão: foi detido em Cartum, em 23 de fevereiro, e interrogado durante muito tempo por funcionários do National Intelligence Security Service.
 
Os agentes apreenderam seu computador, tablet, celular, passaporte e outros documentos, e o acusaram de ser espião dos rebeldes instalados nas Montanhas Nuba, contra quem o Sudão está empreendendo uma campanha militar há dois anos.
 
Além disso, pediram-lhe que revelasse os nomes de outros muçulmanos que trocaram de religião e se converteram ao cristianismo.
 
Segundo a nota enviada à agência Fides pelo grupo Barnaba Team, comprometido com a defesa da liberdade religiosa e os cristãos no mundo, "a perseguição dos cristãos no Sudão, país com 98% de muçulmanos, aumentou consideravelmente depois da secessão do Sudão do Sul. Crentes das comunidades locais confirmam esta informação".
 
As igrejas são destruídas; instituições cristãs e escolas são fechadas; os trabalhadores cristãos são presos; os estrangeiros são expulsos; e as publicações cristãs são canceladas.
 
Em abril, o governo anunciou que não concederá licença de construção para os novos edifícios destinados a funcionar como igrejas.
 
No final de junho, a polícia entrou dos escritórios da Igreja Evangélica Presbiteriana do Sudão para realizar um controle administrativo, com o objetivo de apoderar-se a propriedade.

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