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Falar mal uns dos outros destrói a família e a comunidade, diz Papa

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Vatican News - publicado em 02/09/13
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“No primeiro dia, as pessoas falam bem (…); no segundo não tanto, no terceiro já começam as fofocas”

“Onde Deus está não existem ódio, inveja e ciúmes e não se fazem fofocas que matam os irmãos”. Foi o que disse o Papa Francisco na manhã desta segunda-feira, na Casa Santa Marta, onde recomeçou a celebrar a missa com a presença de grupos, depois da pausa do verão.

 

O encontro de Jesus com seus compatriotas, os moradores de Nazaré, na narração do Evangelho de São Lucas proposta pela liturgia do dia foi o tema da homilia do Papa. Os nazarenos admiravam Jesus – observou Francisco – mas esperavam dele algo grandioso para acreditarem nele: “queriam um milagre, queriam um espetáculo”. Quando Jesus disse que eles não tinham fé, ficaram furiosos. Se levantaram e levaram Jesus até o monte para empurrá-lo, para matá-lo”:

 

“Prestem atenção como as coisas mudaram: começaram com a beleza, com a admiração, e terminaram com um crime; queriam matar Jesus por ciúmes, inveja, estas coisas… Isto não aconteceu dois mil anos atrás… acontece todos os dias em nossos corações, em nossas comunidades. É assim: no primeiro dia, as pessoas falam bem e dizem: “Que legal este cara que chegou na comunidade”. No segundo não tanto, no terceiro já começam as fofocas e terminam por acabar com ele”. 

 

“Uma comunidade, uma família – prosseguiu o Papa – é destruída por esta inveja, que semeia o diabo nos corações e faz com que se fale mal uns dos outros”. “Nestes dias – sublinhou – estamos falando tanto sobre a paz, vemos as vítimas das armas… mas é preciso pensar também em nossas armas cotidianas: a língua, os mexericos, as fofocas”. “As comunidades – concluiu – devem viver com o Senhor e ser como o Céu”. 

 

“Para que haja paz em uma comunidade, em uma família, em um país e no mundo, temos que estar com o Senhor. Onde o Senhor estiver, não existe inveja nem criminalidade, ódio e nem ciúmes. Existe fraternidade”. “Peçamos ao Senhor para não matarmos jamais o próximo com nossa língua e ficarmos com Ele como todos nós estaremos no Céu”. 

 

(Publicado na Rádio Vaticano, no dia 2 de setembro de 2013)

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