Segundo o relatório da Organização Internacional do Trabalho, as perspectivas são difíceisOs salários cresceram menos, continuou a informalidade laboral e a quantidade de jovens desempregados nas cidades foi maior que nas zonas rurais: estas são algumas das conclusões do Panorama Laboral da América Latina, apresentado na terça-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
O relatório mostrou que os salários dos latino-americanos em 2013 só cresceram entre 1% e 2,6%, devido à perda do "dinamismo econômico" regional. "O crescimento econômico perde força. Em 2013, registra um aumento moderado de 2,7%. O prognóstico para 2014 é de uma leve melhoria, de 3,1%, em um cenário de incerteza na economia internacional", afirma a pesquisa.
Segundo o estudo, a informalidade laboral chega a 130 milhões de latino-americanos, compostos em sua maioria por trabalhadores independentes, de pequenas empresas, de serviço doméstico e por aqueles que trabalham para um familiar. "De cada 10 trabalhadores latino-americanos e caribenhos, pelo menos 3 não têm acesso a nenhum tipo de proteção social."
Por outro lado, 14,8 milhões de homens e mulheres procuraram emprego em 2013, sem sucesso. O estudo mostrou que a taxa de desemprego foi mais baixa nas zonas rurais que nas cidades. De acordo com o relatório, a maior parte dos desempregados é composta por jovens.
"O desânimo e a frustração sem dúvida contribuíram para que 22 milhões de jovens não estudassem nem trabalhassem. Não é por acaso que, em diversas cidades, foram os jovens que encabeçaram protestos questionando o sistema", afirmou.
A OIT, cujo escritório regional se encontra em Lima (Peru), prepara este relatório anualmente, há duas décadas.
Panorama laboral da América Latina

© MAURICIO LIMA / AFP
Associated Press - publicado em 19/12/13
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