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Para nós, solteiros: seis maneiras simples de amar como se já fôssemos casados

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Carly Andrews - Aleteia Vaticano - publicado em 27/03/14
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Não é porque ainda não subimos ao altar que não podemos amar com o mesmo carinho e espírito de serviço
No último fim de semana, meu colega Brantly Millegan escreveu um lindo artigo aqui na Aleteia chamado “Seis ideias simples para você começar hoje a amar a sua esposa mais ainda”.
 
Eu fiquei extremamente tocada com aquelas maneiras tão simples, mas tão eficazes, que ele tinha identificado para amar a esposa concretamente na vida diária do casal. Fiquei tocada e ao mesmo tempo um pouco triste, pensando comigo mesma: "Não tem ninguém me amando desse jeito!". E mais ainda: "Nem eu tenho a oportunidade de oferecer esse amor esponsal a ninguém!".
 
Mas, depois de um breve momento de autopiedade, eu me dei conta: “Espere aí! Só porque eu ainda não entrei de cheio na minha vocação matrimonial, será que eu não posso amar com toda a ternura e espírito de serviço de uma esposa e mãe no meu atual estado de vida?”.
 
É claro que eu entendo que não posso amar como esposa até me tornar esposa, com aliança e tudo. Mas isso não significa que eu não possa amar o próximo com devoção e com o dom total de mim mesma, como uma mulher ama o marido e os filhos.
 
E, para todos os solteiros que estão por aí, pensei em seis maneiras simples que podem nos ajudar a viver esse amor esponsal na vida diária, mesmo sem termos subido ao altar ainda!
 
1. Honre os seus compromissos
 
Andei conversando com uma amiga solteira sobre o quanto é tentador focarmos demais na nossa própria vida, já que somos independentes e ainda não temos família exigindo o nosso tempo. Ela me respondeu que é exatamente por isso que ela sempre tenta honrar seus compromissos.
 
E me contou sobre o trabalho voluntário que ela faz como tutora de jovens. Certa vez, ela voltava de uma viagem muito cansativa quando um amigo lhe disse: "Eu não sei como é que você ainda consegue sair para prestar tutoria! Eu estou tão cansado que vou direto para casa". Ele era casado. Minha amiga respondeu: "Bom, mas você vai chegar em casa e vai encontrar a sua mulher e os seus filhos esperando por você. E você não vai dizer: ‘Hoje eu estou cansado demais para vocês’. Você vai passar um tempo com eles, mesmo estando exausto. Esta é a minha maneira de amar como se fosse esposa e mãe. Eu não tenho filhos, mas esses jovens contam comigo. Mesmo estando exausta, eu vou dedicar o meu tempo a eles porque é a minha maneira de amá-los".

2. Atos de caridade
 
Isto, obviamente, não é específico de gente solteira, mas eu descobri que, na minha vida de solteira, se eu dedicar um pouco do meu tempo a fazer atos de caridade e ajudar os menos favorecidos, começo a viver um espírito de serviço ao próximo que, suponho, é uma atitude indispensável para qualquer cônjuge e para qualquer mãe ou pai.
 
3. Leve os seus relacionamentos a sério
 
Saí com uma amiga, algumas noites atrás, e ela me disse uma coisa que me deixou chocada: "Eu sei que eu sempre tenho que perseguir você para conseguirmos sair, Carly, mas tudo bem, eu sei que você me ama mesmo assim!".
 
Ela foi bastante indulgente comigo, na verdade.
 
E eu fiquei triste comigo mesma porque percebi que não estava fazendo nenhum esforço para cultivar aquela amizade, embora ela fosse uma amiga querida que eu realmente amo muito. Eu estava sendo egoísta e ela tinha que fazer todo o “trabalho” de alimentar a nossa amizade.
 
Desde então, na minha vida diária, tenho tentado me doar mais nos relacionamentos com as pessoas, em particular aos amigos, para estar sempre aberta ao amor.
 
4. Cultive a fé das pessoas mais próximas
 
Eu não sou nenhuma especialista em fé; pelo contrário, muitas vezes me sinto muito pobre na fé. Mas uma mãe cultivaria naturalmente a fé dos filhos e apoiaria o cônjuge na mesma fé; eu acho que tenho oportunidades diárias para dar testemunho aos meus amigos e familiares, bem como aos meus colegas.

 
Como? Tento responder quando eles têm dúvidas sobre a fé cristã, ou pelo menos indicar alguém que possa responder quando eu não sei. E também posso emprestar as minhas orelhas para ouvir os questionamentos deles e oferecer a minha pequena experiência de fé quando é necessário.
 
5. Fiquei um pouco mais com Maria
 
Para as mulheres: Edith Stein escreve que "se tivéssemos que apontar a imagem do perfeito caráter da esposa e mãe, tal como ele deveria ser em conformidade com a vocação natural, deveríamos contemplar a Virgem Maria". Durante o último ano e meio, eu tentei (e às vezes não consegui) rezar o terço todos os dias. Quando eu consigo dedicar um pouco do meu tempo a Maria desta forma tão simples, começo a conhecê-la melhor na sua ternura, humildade e serviço; ela é a perfeita mulher, esposa e mãe. Quanto mais a descubro, mais desejo amar como ela e trabalhar para florescer como verdadeira mulher.
 
Para os homens: eu, não sendo homem, acho que não posso falar muito, mas tomo a liberdade de supor que dedicar um pouco de tempo a Maria também é bom para eles, pois, quanto mais se apaixonarem por Maria (e quem não se apaixonaria depois de passar um pouco de tempo com ela?), mais se ajudarão, em qualquer estado de vida, a amar com toda a ternura com que um homem foi feito para amar a sua esposa.

6. Passe mais tempo com Jesus e ame-o como um esposo
 
Esta é só para as mulheres: “Se cada mulher fosse uma imagem da mãe de Deus, uma esposa de Cristo, uma apóstola do Coração divino, ela realizaria plenamente a sua vocação feminina, não importando em que condições ela vive nem quais atividades mundanas a absorvem" (Edith Stein, de novo).
 
Todo dia eu tento passar um pouco de tempo com Jesus de forma concreta e simples (e tenho certeza de que passar um tempo com Jesus é algo que os homens também podem fazer com imenso proveito, mas estou partindo apenas da minha própria experiência feminina): em adoração, na missa, meditando sobre a vida dele nos evangelhos, ou, simplesmente, tendo uma conversa com Ele antes de dormir. À medida que os dias passam, esses pequenos momentos que eu dedico a Ele me ajudam a amá-lo como meu esposo divino e celestial.
 
Quanto mais eu amo a Cristo, eu simplesmente amo mais!

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