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Espírito Santo, nosso Santificador

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Aleteia Vaticano - publicado em 08/06/14
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É preciso pedir a Deus Pai, por Jesus, pela intercessão poderosa de Maria, que nos mande o Espírito Santo

A busca da santificação é uma caminhada no Espírito Santo, pois Ele é o nosso Santificador.

 

O Papa Paulo VI disse certa vez que a principal oração, a que deve ser feita “em primeiro lugar”, é a de pedir a Deus que nos envie o seu Santo Espírito. Jesus proibiu aos Apóstolos saírem pelo mundo a pregar o Evangelho antes de receberem o Espírito Santo:

 

“Eu vos mandarei o Prometido de meu Pai, entretanto, permanecei na cidade [Jerusalém] até que sejais revestidos da força do alto” (Lc 24,29).

 

Deus anseia dar a cada um de nós o Seu Espírito, “sem medidas” (Jo 3,34), como disse João Batista.

 

“Se vós que sois maus sabeis dar coisas boas aos vossos filhos, quanto mais o vosso Pai celeste dará o Espírito Santo aos que lhe pedirem” (Lc 11,13).

 

Por isso é preciso pedir a Deus Pai, por Jesus, pela intercessão poderosa de Maria, que nos mande o Espírito Santo.

 

É pela “força do alto” que somos libertos das garras do pecado e rumamos para a santidade. São Paulo ensinou isso aos romanos:

 

“Se viverdes segundo a carne morrereis; mas se pelo Espírito, mortificardes as obras da carne, vivereis, pois todos os que são movidos pelo Espírito de Deus, estes são filhos de Deus” (Rom 8,13).

 

É importante notar essa palavra “se pelo Espírito”, quer dizer, só pelo Espírito é possível mortificar (fazer morrer) as obras da carne, o pecado. Pela própria natureza não somos capazes. Ficamos muitas vezes escravos de “um certo pecado” por muito tempo, porque lutamos sozinhos contra ele, sem a força do Espírito de Deus.

 

O mesmo São Paulo lembra aos Gálatas:

 

“Andai segundo o Espírito e não satisfareis aos apetites da carne”. (Gal 5,17).

 

Ao vivermos “no Espírito”, Ele mata em nós os desejos que não são de Deus, e nos liberta do aguilhão do pecado. O Apóstolo ensina que as obras da carne: “adultério, impureza, desonestidade, idolatria, magia, inimizades, contendas, ciúmes, iras, rixas, discórdias, partidos, invejas, embriaguez, orgias, e outras coisas”(Gal 5,20-21), só podem ser vencidas se nos deixarmos conduzir pelo Espírito, o qual produzirá, então, em nós os seus frutos: “caridade, alegria, paz, bondade, paciência, benignidade, fidelidade, mansidão, temperança”  (Gal 5,22).

 

É o Espírito Santo que dá vida a todas as coisas na Igreja; Ele é a sua alma.

 

Certa vez o Patriarca de Constantinopla, Atenágoras I, falecido em 1972  disse essas palavras:

 

“Sem o Espírito Santo:

 

Deus fica distante da gente;

 

Cristo, perdido na História;

 

O Evangelho é letra morta;

 

A Igreja, apenas agremiação religiosa;

 

A autoridade, poder que se evita;

 

A pregação, propaganda da Igreja;

 

A oração, tarefa a cumprir;

 

A liturgia, ritual do passado; e

 

A moral, repressão.

 

Com o Espírito Santo:

 

Deus entra na vida do mundo, onde inicia o seu Reino;

 

Cristo, o Filho de Deus, se faz um de nós;

 

O Evangelho é o novo estilo de vida;

 

A Igreja, gente unida como as três Pessoas da Santíssima Trindade;

 

A autoridade, apoio e serviço;

 

A pregação, anúncio da novidade do Reino;

 

A oração, experiência de contato com Deus;

 

A liturgia, memorial que antecipa o futuro; e

 

A moral, ação que liberta.”

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