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Iraque: o último êxodo dos cristãos de Mossul

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Agência Fides - publicado em 23/07/14
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Os cristãos tiveram as suas casas marcadas pelos extremistas e tiveram de fugir
Os últimos cristãos que deixaram Mossul depois do ultimato dirigido a eles pelos jihadistas do autoproclamado Califado Islâmico (Estado Islâmico – EI) são quase três mil.

Um número muito elevado em relação às estimativas aproximativas até agora feitas, segundo as quais somente poucas centenas de batizados permaneceram em Mossul depois de que a segunda cidade iraquiana foi ocupada pelos insurgentes sunitas.

Foi o que confirmou à Agência Fides o médico Marzio Babille, responsável pelo Unicef no Iraque.

A maioria dos cristãos – afirmou o médico – dirigiu-se para o norte, rumo às cidades de Tilkif, Batnaya e Alqosh.

Cerca de 40 famílias se moveram para o leste, rumo Qaraqosh. E cerca de outras 30 foram acolhidas na Província de Dohuk. 20 famílias chegaram a Erbil, capital da região autônoma do Curdistão iraquiano, onde foi criando um pequeno centro de acolhimento com a arquidiocese caldeia.

ONU

Ontem, o Conselho de Segurança da ONU denunciou a perseguição que os jihadistas do Estado Islâmico (EI) mantêm contra as minorias no Iraque recordando que isto pode constituir um crime contra a Humanidade.

Em uma declaração unânime, os 15 países membros do Conselho "condenam nos termos mais enérgicos possíveis a perseguição sistemática por parte do EI e seus grupos partidários de indivíduos pertencentes a minorias e de pessoas que rejeitam a ideologia extremista do EI".

"Os ataques sistemáticos e em grande escala contra a população civil motivados por sua origem étnica ou religiosa ou por sua fé podem constituir um crime contra a humanidade pelo qual os responsáveis terão de prestar contas", afirma a declaração.

Entenda: Saiba quem é o perigoso homem que se proclamou líder de todos os muçulmanos do mundo
 

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