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Qaraqosh caiu, os cristãos fogem da planície de Nínive

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Judikael Hirel - publicado em 07/08/14
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É uma tragédia. Soube-se durante a noite que as tropas curdas abandonaram suas posições em Qaraqosh. O patriarca lançou um grito pedindo ajuda
São frases que eu não gostaria de escrever nunca. “O Estado Islâmico tomou Qaraqosh, a maior cidade cristã do Iraque. Dom Petros Mouche, bispo da cidade, também teve de fugir. Mulheres grávidas e anciãos estão fugindo agora, quase sempre a pé”, informou a associação Fraternité en Irak.

Toda a planície de Nínive está caindo nas mãos da loucura extremista, entre o silêncio e a falta de ação das grandes potências, da ONU e da Liga Árabe. Durante a noite de 6 para 7 de agosto, os habitantes de Qaraqosh, Qaramless, Bartala, Tell Keff, Ba’ashika e da planície de Nínive fugiram depois da retirada curda. A fuga foi provocada pelo anúncio dos curdos de que abandonariam seus postos de combate em Qaraqosh.

“À meia-noite, quase todos os habitantes de Qaraqosh tinham fugido”, continua informando a Fraternité en Irak. “Essas cidades cristãs esvaziaram-se durante a noite. Isso atinge 25% de todos os cristãos do Iraque. É uma tragédia, um revés militar muito inquietante dos curdos, já que se torna uma ameaça para todo o Curdistão iraquiano”, afirmou Faradj Benoit Camurat, responsável pela associação.

A maior tragédia para os cristãos do Iraque está a ponto de acontecer: depois desta noite, eles fogem de toda a planície de Nínive. Muitos cristãos chegaram a Erbil, entre eles o bispo; outros, contactados pela Fraternité en Irak, estão a caminho. Milhares de pessoas, a maior parte cristãos, mas também Shabaks, uma minoria muçulmana ameaçada, estão nas estradas e se dirigem para as cidade curdas de Erbil e Dohuk.

Às 6h da manhã de hoje, o patriarca dos caldeus, Louis Sako, lançou um apelo de ajuda: “a maior parte das pessoas vai a pé. Quando o calor do dia apertar, o que vai acontecer com os anciãos e as mulheres grávidas?” “É necessário que a comunidade internacional faça algo para socorrer as milhares de pessoas que fogem pelas estradas”, acrescenta Dom Sako.

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