separateurCreated with Sketch.

João Paulo II ensina “a educação do amor”

whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Roberta Sciamplicotti - publicado em 23/10/14
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

“Condições indispensáveis para se basear o matrimônio”O ponto de partida e ao mesmo tempo para onde tendem todos os assuntos relativos ao casamento é a educação do amor. Quem afirmou foi Karol Wojtyla, no artigo intitulado “Educação do amor”, publicado em “Educar e amar. Escritos sobre matrimônio e família”, que possui onze artigos escritos por ele entre os anos 1952 – 1962.

Da educação do amor, explica o futuro papa João Paulo II, “tudo inicia; a afirmação ‘matrimônio por amor’ não significa outra coisa”. Da mesma maneira, “o matrimônio representa sempre uma certa prova de que o amor tem que acontecer, tem que ser confirmado”.

No momento das núpcias o amor é aquilo que os dois cônjuges “conhecem” melhor, “e ao mesmo tempo é a maior incógnita que os aguarda num futuro comum”, “uma incógnita para certos versos ainda maiores do que espera o destino deles”, porque o amor é algo de “muito mais profundo, traz em si a capacidade interior de determinar o próprio destino do casal”. 

“Mesmo que tudo concorra para determinar o destino, como a prosperidade e a felicidade terrena levassem a um êxito decepcionante, mas se o amor permanece, a vida do casal terá alcançado a vitória. Onde, se ao contrário, o amor pudesse desiludir, a vida sofreria uma derrota, mesmo se acompanhada por um destino favorável.”

Celebrando o matrimônio sacramental, afirmava Wojtyla, a mulher e o homem se aproximam de Deus e ao mesmo tempo contam com seu compromisso a favor da sua comunidade. "Em outras palavras, eles contam com a sua graça e a sua ajuda que, de maneira puramente interior, mas não menos real, moldará toda a vida deles em comum. Portanto, eles colocam diante Dele a união deles e a confirmam com juramento; assim o matrimônio adquire uma força particular que os envolve completamente”.

O problema assim definido, acrescentava, pede que o amor entre os dois seja “interiormente maduro e definitivo”, coisa que não pode ser “desde o seu nascimento”, podendo se tornar “só gradualmente”. Este “tornar-se” necessita ser orientado, e por isso se pode falar de educação do amor.

Para quem crê, ressalta o futuro pontífice, educar-se ao amor significa “colaborar com a graça”, conceito que pode parecer “abstrato e inatingível”, mas somente se “se aceita que o amor se reduz apenas a reações e expressões afetivo-sexuais instintivas”. 

Para Wojtyla, “são apenas as vias da graça que permitem a cada amor humano  continuar a unir até o fim”. 

“Como é indiscutível que a educação do amor é a condição indispensável onde se basear o matrimônio, assim é preciso adicionar que o matrimônio-sacramento corresponde somente àquela educação do amor que se desenvolve sobre a base da verdade que ‘Deus é amor’ e ‘o amor vem de Deus.’”

“Realizar estas verdades significa colaborar com a graça do amor.”

Pelos esposos, concluía o futuro João Paulo II, aqui se realiza a maior "colaboração com a graça do sacramento do matrimônio”, colaboração que inclui “tudo aquilo que faz parte do caminho em direção aos valores humanos do matrimônio, não evitando nada”.

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Top 10
See More
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!