Um grupo que geralmente age de forma agressiva e desrespeitosa resolveu falar mal do Papa Francisco
Na noite de ontem, 13 de novembro, um grupo de "mulheres revolucionárias” que gostam de falar sobre a liberdade, Femen, foi a um programa de televisão italiano para falar mal do Papa Francisco.
“Os nossos direitos estão em perigo: estamos aqui para reivindicar a laicidade, a separação entre o Estado e a Igreja”. Cinco mulheres da Femen, movimento feminista ucraniano, protestaram ao vivo contra a anunciada conferência do Papa Francisco no Parlamento Europeu, prevista para o próximo dia 25 de novembro. Um dos convidados do programa, o empreendedor Gian Luca Brambilla, que estava ao vivo de Milão, a um certo momento deixou o programa com a seguinte afirmação: “Desculpem, mas não vim aqui para participar de uma transmissão que ofende a Igreja Católica e o Papa”.
Este tipo de grupo de pessoas que se dizem “revolucionárias” pede uma Igreja do jeito que eles querem. Uma Igreja, porém, que o Papa Francisco propõe todas as manhãs nas homilias em Santa Marta, esses grupos não querem, ou seja, uma Igreja pautada no Evangelho. O Papa Francisco, que convida padres e leigos a não serem clericais, mas a viverem o Evangelho como serviço e não como carreira, a acolher os pecadores, a não julgá-los (que não quer dizer justificá-los, mas usar um suplemento de misericórdia), faz esses grupos tropeçarem em suas próprias estratégias comunicativas.
A “força” das Femen é que geralmente por acaso a encontramos em uma praça, ou em uma assembleia; o ativismo delas é sem aviso (do contrário as impediriam), e funciona porque gritam e muitas estão com os seios de fora, enquanto normalmente os policiais as algemam.
Quantos de nós sabíamos que o Papa falaria no próximo 25 de novembro no Parlamento Europeu? Pode ser uma ameaça um Papa no Parlamento? A visita de João Paulo II à Câmara italiana foi, talvez, um dos momentos mais altos vividos pela assembleia nos tempos da constituinte no país. Se existe alguém que pode ajudar a fornecer um significado à assembleia dos representantes do povo, é o próprio “servo dos servos”, que vai ali como testemunha forte da sua fraqueza. Mas é a fraqueza que assusta os “fortes”, a mansidão que cega os prepotentes. Como Herodes que se assustou com um Menino, é da mesma forma nos dias de hoje.