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Amanhã a comunidade internacional vai chover fogo nesta região com a desculpa de combater o terrorismo

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Aleteia Vaticano - publicado em 27/05/15
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Bispos do Congo levantam a voz com firmeza para denunciar inércia do mundo diante da violência que assola o país
A Assembleia Episcopal da Província de Buvaku, na República Democrática do Congo, elevou o tom para denunciar "um clima de genocídio, fundamentalismo jihadista e ‘balcanização’" da região, cronicamente aterrorizada por grupos armados rivais que têm acumulado crimes contra a humanidade.

"Esses grupos estão infundindo um espírito jihadista nos recrutas, que são treinados para virar terroristas internacionais". Os recrutas em questão são jovens de vários países da África, “ludibriados por recrutadores que os atraem com promessas de bolsas de estudo na Europa e no Canadá”, descrevem os bispos, arrematando a denúncia com um questionamento sem papas na língua:



“A situação precisa piorar para que, amanhã, a comunidade internacional faça chover fogo nesta região com a desculpa de combater o jihadismo?”

A violência que assola o Congo não tem poupado nem os próprios bispos. Conforme informações da agência Fides, dom Placide Lubamba, da diocese de Kasongo, foi sequestrado neste mês de maio e continua em poder dos terroristas. Em sua mensagem lançada ao mundo, os bispos do país não deixaram passar a oportunidade de recordar também os três padres assuncionistas sequestrados em 2012 e dos quais nunca mais se soube sequer "se estão vivos ou mortos".

O episcopado congolês declarou ainda que "é muito difícil entender as ambiguidades, enrolações e paradoxos" do governo do Congo e exigiu que o país e a comunidade internacional se mexam para defender a população, abandonada à própria sorte.

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