Encontro do Pontifício Conselho Cor Unum: já confirmadas 30 entidades católicas de caridade, além dos bispos do Oriente Médio O Pontifício Conselho Cor Unum é o “conselho da caridade do papa”, criado por Paulo VI em julho de 1971 com o objetivo de concretizar a solicitude da Igreja para com os necessitados, favorecendo a fraternidade e manifestando a caridade de Cristo.
Nesta quinta-feira, 17, o Cor Unum realiza um encontro sobre a situação humanitária no Iraque e na Síria com a participação das entidades católicas de caridade que trabalham no Oriente Médio, além dos bispos da região. 30 organizações já confirmaram presença.
Entre os expoentes, estarão:
– Mons. Giampietro Dal Toso, secretário do Conselho Pontifício Cor Unum;
– Cardeal Leonardo Sandri, prefeito da Congregação para as Igrejas Orientais;
– Stephen O’Brien, subsecretário da ONU para Assuntos Humanitários;
– Mons. Khaled Akasheh, do Pontifício Conselho para o Diálogo Inter-Religioso, departamento de diálogo com o islã;
– Dom Mario Zenari, núncio apostólico na Síria;
– Mons. Antoine Audo, presidente da Caritas Síria;
– Mons. Shelmon Warduni, presidente da Caritas Iraque.
O Cor Unum e a Caritas apresentarão os relatórios das entidades eclesiais sobre as ajudas humanitárias prestadas à Síria e ao Iraque no período 2014-2015.
Além de avaliar o trabalho já feito em meio à crise humanitária na região, o encontro pretende compartilhar informações sobre as respostas da Igreja ao complexo problema regional e traçar as prioridades para os próximos anos em sinergia entre as diversas entidades eclesiais que atuam no Oriente Médio.
PANORAMA TRÁGICO
Os conflitos e o terror do Estado Islâmico já causaram mais de 250.000 mortes só na Síria desde 2011. O país tem 12 milhões de pessoas necessitadas de ajuda humanitária, das quais 7,6 milhões são refugiados internos. Além deles, há 4 milhões de refugiados sírios nos países vizinhos: cerca de 600 mil na Jordânia, 1,1 milhão no Líbano e quase 2 milhões na Turquia.
O Iraque, por sua vez, tem 8 milhões de necessitados de ajuda humanitária, dos quais 3 milhões são refugiados internos.
Não é preciso recordar, junto com isto, as proporções históricas do fluxo de migrantes que rumam à Europa em condições extremamente perigosas e desumanas.