40 mil pessoas estão abrigadas em campos de refugiados, igrejas e conventos por causa dos conflitosSó nas últimas duas semanas, a violência dos conflitos na capital da República Centro-Africana, Bangui, levou 40 mil pessoas a abandonarem as próprias casas e buscarem refúgio em igrejas e conventos – já lotados de outros refugiados. Os arredores do aeroporto da capital também estão sendo usados como campo de desabrigados.
A fundação pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (AIS) comunica que vários centros de ajuda humanitária, entre os quais os da Cáritas, sofreram saques, agravando a crise. A diretora da AIS para a África, Christine du Coudray, informou também que o arcebispo de Bangui, dom Dieudonné Nzapalainga, que também preside a conferência episcopal do país, tem visitado os campos de refugiados e procurado distribuir alimentos.
Pelo menos 40 pessoas morreram nos conflitos mais recentes, marcados por saques, incêndios e por uma invasão que libertou de cerca de 800 presidiários, incluindo rebeldes.
Este é o cenário que o papa Francisco poderá encontrar nos dias 29 e 30 de novembro, datas em que está programada a sua viagem pastoral à República Centro-Africana. A visita do Santo Padre é aguardada pelo povo do país como uma esperança em meio ao medo e ao sofrimento – exatamente o que Francisco pretende transmitir quando prioriza as “periferias da existência” como destinos de suas viagens apostólicas.
Oremos pela paz e pela superação das adversidades na República Centro-Africana e pelo Santo Padre nessa delicada viagem.