Conheça os riscos do namoro precoce e saiba como orientar seus filhos– Alô?
– Alô, eu gostaria de falar com a Marina.
– Quem gostaria?
– Hum… um amigo.
– Mas os amigos também têm nome.
– Aqui é o Marcelo.
Marina tem 12 anos, é muito vaidosa, passa longas horas ao telefone e chega a ficar nervosa e chorar quando ameaçamos cortar o celular, pois já ficou várias vezes até altar horas conversando com seu “namorado”. Sai bem menos com seus amigos, deixou de interessar-se pelas aulas de canto e piano e está mais introvertida em casa. Recentemente, após uma discussão ao telefone, trancou-se no quarto, emagreceu e já não é a mesma.
O namoro precoce geralmente é uma relação idealizada, uma fantasia própria da idade. Na puberdade, como no caso de Marina, existem alguns riscos, razão pela qual é importante estar atentos. Mas o que os pais podem fazer concretamente?
– Que as conversas com seu filho(a) destaque que esta é uma relação especial, que precisa se desenvolver com respeito pelo outro, e que nada garante que este namoro terminará em casamento.
– Que as meninas sejam conscientes do risco de estar sozinhas com o namorado, sobretudo em seus dias férteis, pois o autocontrole é mais difícil e os adolescentes são como uma bomba hormonal a ponto de explodir. Conversar muito sobre as consequências de seus atos.
– Buscar que os encontros dos casais adolescentes sejam atividades em grupo, em iniciativas sociais, nas reuniões familiares, para que nunca se isolem.
– Que esta pessoa especial seja da sua idade ou de idade próxima, que compartilhem os mesmos princípios, valores e crenças pessoais e familiares.
– Ser conscientes de que é próprio da adolescência buscar experiências intensas. Os pais podem ajudar incentivando a que tais experiências aconteçam em grupo.
– Motivar os filhos para que jamais descuidem dos seus compromissos (família, estudos etc.), inclusive seu compromisso cristão diante de Deus, como guia do próprio comportamento.
– Proibir o namoro pode ser contraproducente, porque a tendência é que o adolescente minta ou se esconda. A atitude dos pais é determinante para que os filhos tenham confiança e para que a família possa estabelecer as normas relativas às relações sociais.
A comunicação entre pais e filhos é essencial nesta etapa.
O papel dos pais é buscar que seus filhos vivam com intensidade o que é próprio da idade juvenil, isto é, que cada etapa aproveitada em extensão e plenitude com as experiências necessárias para o amadurecimento pessoal, sem os obstáculos apresentados por uma relação afetiva prematura.