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O que você precisa saber sobre almas gêmeas

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Comunidade Shalom - publicado em 04/05/16
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Afinal, Deus criou ou não criou a “pessoa certa”, a “alma gêmea”? Clique e descubraUltimamente muita gente anda à procura de um amor, alguns cantando como o Frejat: “Eu procuro um amor que ainda não encontrei”. Muitos dos que estão procurando acreditam que existe uma alma gêmea esperando por eles, mas será que existe mesmo esse papo de “alma gêmea”? Eu fiz essa pergunta a alguns amigos, vamos ver as respostas:

alma gêmea

 

Claro, é mais fácil e cômodo, e diga-se até “romântico”, imaginar que, no mundo, exista uma pessoa exclusiva para mim; uma alma que por eras e mais eras está e estará à minha espera, como um presente natalino com meu nome embaixo da árvore de Natal da minha casa, esperando eu acordar pela manhã, mesmo que essa manhã se repita por tempos infindáveis. A cor de nossas auras combinariam, assim como um casal de Jedis apaixonados poderiam combinar a cor do seus sabres de luz. Acreditar nisso é, muitas vezes, sentir-se soberbo e orgulhoso; é, de fato, sentir-se a última coca-cola do deserto, quando, na realidade, Frei Raniero Cantalamessa nos diz que “enamorar-se de uma mulher ou de um homem é fazer o ato mais radical de humildade. É tornar-se mendicante e dizer ao outro: ‘Eu não basto para mim mesmo; eu preciso do teu ser’.”[1]

Afinal, Deus criou ou não criou a pessoa certa? A resposta é não, Deus não predeterminou uma pessoa “certa” para as nossas vidas.“Deus é amor e o amor exige comunhão, intercâmbio entre pessoas; exige um ‘eu’ e um ‘tu’. Não há amor que não seja amor de alguém; onde só há um sujeito, não pode haver amor, mas egoísmo ou narcisismo.”[2] O amor exige escolha, exige a resposta favorável e livre de duas vontades, exige aceitação e doação mútuas. O amor precisa de um “nós” para existir. Se Deus nos tomasse a responsabilidade em nossas escolhas afetivas (por exemplo, no caso de existir uma alma gêmea), todo relacionamento frustrado seria culpa de Deus, e nem o acerto nem o erro fariam o homem crescer, porque não seriam responsabilidades suas. Nenhum relacionamento humano seria de fato “nosso”, porque não passariam por uma escolha pessoal. Todo amor seria, amor de “alguém”, porem de um alguém que não sou eu.

Deus criou o homem à sua imagem para que o homem fosse capaz de amar, e este, de fato, o é. Em primeiro lugar, porque é amado por Deus, e segundo, porque é capaz de fazer escolhas livres de amor, e aceitar as dores dessas escolhas. Somente um homem livre é capaz de amar e dizer, de forma honesta, “eu te amo”.

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Shalom!

Referências:
[1] Fr. Raniero Cantalamessa, OFM Cap, Pregador da Casa Pontifícia. quarta meditação de Quaresma (2016)
[2] idem.

Marcos Nunes

Comunidade de Aliança da Comunidade Católica Shalom

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