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A capela de San Juan de Gaztelugatxe: um antigo enclave dos Templários?

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Daniel R. Esparza - publicado em 06/05/16
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A pequena ilha, na Baía de Biscaia, guarda zelosamente mais que história

Gaztelugatxe é uma pequena ilha na Baía de Biscaia, ligada ao continente por uma passagem estreita que inclui uma ponte de dois arcos e uma magnífica escadaria, com duzentos e trinta degraus, que leva a uma capela do século IX.

A capela é dedicada a São João Batista, de quem a ilha recebe o nome.

Alguns historiadores – cronistas da ilha vizinha de Aketze, a cidade vizinha de Bakio e Cabo Matxitxako –, dizem que em algum momento a capela, que devido à sua posição na Baía permite observar toda a costa, foi um enclave templário: em 1053, a ilha foi doada a um monge chamado Zianno, aparentemente o abade do monastério de São João da Penha, em Huesca, por um casal, Dona Tota Ortiz e o tenente Eneko López.

 

A capela é dedicada a São João Batista, de quem recebe o nome

A importância estratégica do local ficou registrada nos anais da história quando se tornou o ponto principal da resistência contra o avanço do reino de Castilla sobre o de Pamplona, no século XIV, durante o reinado de Alfonso XI: a capela Gaztelugatxe foi defendida por apenas sete cavaleiros (chefiados por Juan Núñez de Lara) por mais de um mês, contra o exército do monarca castelhano, que terminou retirando-se do local, humilhado e derrotado. Levaria mais de 300 anos para que Gaztelugatxe fosse pela primeira – e única – vez saqueada: as tropas do pirata inglês Sir Francis Drake, em 1593, tomaram o lugar e levaram tudo o que conseguiram de valor. Pouco tempo depois, durante a guerra entre Espanha e França, catorze navios tomaram a ilha.

Gaztelugatxe é uma pequena ilha na Baía de Biscaia, ligada ao continente por uma passagem estreita que inclui uma ponte de dois arcos e uma magnífica escadaria, com duzentos e trinta degraus

Hoje, Gaztelugatxe é um lugar de peregrinação para os devotos de São João Batista, e também para aqueles que visitam as cidades vizinhas de Bermeo e Bakio, especialmente durante o outono e a primavera: no verão, o local fica cheio de gente; no inverno, a capela fica fechada.

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