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Venezuela: seminaristas são despidos e humilhados

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Ramón Antonio Pérez - publicado em 04/07/16
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“A intransigência e o fanatismo não podem se apoderar da cidadania”, alerta arcebispo Cinco estudantes do seminário San Buenaventura, de Mérida, na Venezuela, foram despidos, agredidos e presos em um bueiro por grupos que apoiam o governo de Nicolás Maduro. Os atos de violência foram cometidos na manhã da última sexta-feira, 1º de julho, quando os estudantes passavam perto do local em que se realizaria uma iniciativa solidária de entrega de medicamentos, com a presença da esposa do preso político Leopoldo López.

O arcebispo metropolitano, dom Baltazar Enrique Cardozo, repudiou os atos e criticou a ação dos grupos oficialistas que atentam contra a integridade física e moral dos cidadãos.

Os seminaristas foram agredidos, privados de seus pertences e despidos à força. Suas roupas e os livros que levavam consigo para suas aulas de inglês foram queimados junto com os pneus que ardiam na via pública.

“A intransigência e o fanatismo não podem se apoderar da cidadania”, alertou dom Cardozo em sua mensagem, ao mesmo tempo em que apontou a responsabilidade das forças de segurança que “não impedem esses atropelos”. O arcebispo também pediu aos venezuelanos que rezem pelo fim da violência e abandonem “os discursos de ódio”.

Católicos em marcha pela paz

Não há comprovação formal de que os atos de violência tenham ocorrido especificamente por ódio à fé cristã, mas, na espiral de violência que toma conta da Venezuela, sacerdotes são ameaçados, agredidos e roubados com frequência cada vez maior, assim como há cada vez mais templos e espaços da Igreja sendo atacados.

Na diocese de Guarenas, o bispo tem sido alvo frequente de insultos por parte de apoiadores do governo de Nicolás Maduro que consideram as suas mensagens “antirrevolucionárias”.

Em 25 de junho, um sacerdote da mesma diocese, o padre Clemente Medina, foi ferido com arma cortante por vários homens que invadiram de madrugada a paróquia São José.

Em 7 de junho, a cúria diocesana sofreu uma invasão durante a qual os delinquentes espancaram e amordaçaram funcionários e até visitantes.

Esses fatos levaram à convocação da Marcha pela Paz e Não Violência, no último sábado, 2 de julho. “Não queremos que a indiferença se torne cúmplice de uma situação que é generalizada e afeta a todos”, afirmaram os organizadores.

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