País é o terceiro em número de peregrinos inscritos, à frente de muitas nações europeiasÀ espera de mais de 2 milhões de peregrinos, abre-se nesta semana a 31ª edição da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), que vai até domingo, 31 de julho, na terra de São João Paulo II.
Cracóvia recebe o grande encontro de jovens pela segunda vez: a bela cidade do sul da Polônia também foi a sede da JMJ de 1991.
São João Paulo II, que idealizou as jornadas e realizou a primeira em 1986, em Roma, vai ser homenageado na missa de abertura desta edição, a ser celebrada nesta terça-feira, 26. O cardeal dom Orani João Tempesta, arcebispo do Rio de Janeiro e membro da comitiva papal em Cracóvia, recorda:
“Tudo começou em Roma com João Paulo II e hoje corre mundo afora. Vendo a realidade do mundo na época, ele considerou importante fazer com que os jovens se aprofundassem na fé da forma que eles gostam, num evento grande em que estivessem juntos”.
O Papa Francisco presidirá os atos centrais do evento, como a Acolhida, a Via Sacra, a Vigília e a Missa de Envio, que encerra a jornada e, ao mesmo tempo, abre os preparativos da próxima.
O Brasil, que sediou a edição passada no Rio de Janeiro, tem importante presença no encontro de Cracóvia: apesar da distância, trata-se do terceiro país em número de peregrinos na Polônia, atrás da própria Polônia (com 25,5% dos jovens inscritos) e da Itália (com 13,6%). O Brasil supera países europeus muito mais próximos de Cracóvia, como a Alemanha, a França, a Espanha e Portugal, e países das Américas como os Estados Unidos, o México, a Argentina e o Chile.
Parte da grande participação brasileira se deve ao sucesso da JMJ no Rio, que superou todas as expectativas de público.
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Números da JMJ de Cracóvia 2016
– São esperados 2 milhões de participantes nesta edição da Jornada.
– Os peregrinos são de mais de 100 países.
– O número de jovens inscritos previamente chega a 600 mil.
– Dos 600 mil inscritos, 13 mil são brasileiros.
– 150 voluntários do Brasil participam da organização do evento.
– 14 locais de catequese serão em língua portuguesa, 5 deles coordenados por brasileiros, inclusive 30 bispos do Brasil.
Preocupações e confiança
Dom Orani observa que há questões preocupantes, em particular a dos refugiados, a das ameaças terroristas e a da crise econômica, que afeta todos os países. No entanto, ele mantém a confiança:
“Tudo isso gera preocupação, mas não pode chamar atenção apenas diante de um grande evento. São questões que precisam de prioridade o tempo todo. A Jornada é um evento muito pacífico e aberto a todos. Estou confiante“.
Participação à distância
Dom Frank Caggiano, arcebispo de Bridgeport, nos Estados Unidos, recorda que a jornada é para todos os católicos do mundo, e não só para os que puderem estar presentes em Cracóvia:
“Queremos que todos saibam que ninguém está excluído de uma peregrinação como esta. Cada um é chamado a ser um peregrino, independentemente de poder ou não viajar à Polônia. Queremos que cada jovem, que cada adulto jovem, saiba que faz parte desta peregrinação, fisicamente em Cracóvia ou espiritualmente em casa”.