separateurCreated with Sketch.

Atleta quer a eutanásia após Jogos do Rio. Podemos fazê-la mudar de ideia?

whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Jesús Colina - publicado em 09/08/16
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

Marieke Vervoort sofre de uma doença degenerativa e anunciou que deseja o suicídio assistido. Podemos ficar indiferentes?Marieke Vervoort, atleta paralímpica belga de 37 anos, sofre de uma doença degenerativa que paralisou as suas pernas. Ela ganhou a medalha de ouro em Londres 2012, mas anunciou que, depois dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, pedirá a eutanásia.

“O Rio é meu último desejo. Espero acabar a minha carreira com um pódio. Começo a pensar na eutanásia. Mas, apesar da minha doença, vivi o que outros só podem sonhar”, afirmou ela em declarações ao diário belga L’Avenir.

Marieke é especialista no sprint em cadeira de rodas: campeã do mundo em 2015 nos 100, 200 e 400 metros (categoria T 52), ela foi eleita a esportista do ano na Bélgica em 2012 e 2015.

O esporte tem sido a sua vida. Antes do diagnóstico de sua doença degenerativa e incurável, em 2008, ela já era famosa mundialmente pelas conquistas no triátlon e pela participação no Ironman do Havaí.

Marieke competirá no Rio de 7 a 18 de setembro. Ela sabe que, depois, a carreira esportiva terminará – e não consegue, hoje, enxergar a sua vida após essa etapa. Os sofrimentos da doença são cruéis. E a sombria alternativa que ela considera, a eutanásia, é uma prática legal na Bélgica, seu país natal.

É possível ajudar Marieke a encontrar esperança em sua vida?

Os psicólogos explicam que, quando uma pessoa pede a eutanásia, com frequência está lançando um implícito grito de ajuda. E há três coisas que podemos fazer para ajudar Marieke.

1 – O mais importante: podemos e devemos manifestar a ela o nosso amor e carinho. Uma mulher que demonstrou com sua vida uma coragem e esforço tão grande merece sentir toda a nossa admiração e carinho. Marieke tem que experimentar que o carinho não se deve só aos seus grandes resultados esportivos, mas à qualidade da sua pessoa. E isso continuará também quando ela não puder continuar praticando o esporte.

2 – Todas as pessoas, mas, em especial, a comunidade esportiva, o sistema belga de saúde e seus amigos e familiares, poderão apoiar Marieke na volta do Rio para que os sofrimentos provocados pela sua doença sejam suavizados e dotados de sentido. O apoio do sistema de saúde, aliás, constitui uma obrigação para qualquer país que ama os seus filhos e que se diz civilizado.

3 – Mas há algo mais que pode ser feito por qualquer pessoa, independentemente da sua situação. É possível mandar uma mensagem a Marieke para lhe manifestar apoio – evitando, em todo momento, com delicada caridade, que a mensagem se transforme num mesquinho ato de julgamento. Ninguém pode julgar uma pessoa – no máximo, podemos julgar atitudes concretas de uma pessoa, mas não é disto que Marieke está precisando neste momento. Ela está precisando de amor! E todos nós podemos demonstrar amor e proximidade.

É possível enviar mensagens a ela por meio do seu site oficial usando o formulário de contato neste link.

Podemos ficar indiferentes diante da implícita súplica de ajuda que Marieke está nos lançando?

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Top 10
See More
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!