separateurCreated with Sketch.

Papa: abandonar a alienação para pensar seriamente na nossa morte

Pope Francis General Audience September 28, 2016

whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Vatican News - publicado em 22/11/16
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

Evitar a alienação do viver, isto é, como se jamais fôssemos morrer: foi a advertência feita pelo Papa Francisco na missa celebrada na manhã de terça-feira (22/11) na capela da Casa Santa Marta.

O Papa interpretou a reflexão com a qual a Igreja conduz a última semana do Ano  Litúrgico como “um chamado do Senhor para pensar seriamente no fim, no fim de cada um de nós, porque cada um de nós terá o seu fim”

Cada um de nós terá seu fim: pensemos no rastro que deixaremos

“Não gosta de pensar nessas coisas”, observou, “mas ali está a verdade”. “E quando um de nós terá ido embora, passarão anos e quase ninguém se lembrará”. Eu tenho “uma ‘agenda”, revela Francisco, “onde escrevo quando uma pessoa morre” e todos os dias vejo aquela “recorrência” e “como o tempo passou”. “E isso nos obriga”, “a pensar no que deixaremos, qual é o “rastro” da nossa vida.  E depois no final, como se lê no trecho de hoje do Apocalipse de João, haverá o juízo para cada um de nós:

“E nos fará bem pensar: “Mas como será o dia em que eu estarei diante de Jesus? Quando Ele me perguntará sobre os talentos que me deu, que uso fiz deles; quando ele me perguntará como estava o meu coração quando a semente caiu, como foi o caminho, os espinhos: essas Parábolas do Reino de Deus. Como recebi a Palavra? Com coração aberto? Eu a fiz germinar para o bem de todos ou a escondi?”

Todos seremos julgados: não se deixar enganar pelas coisas superficiais

Cada um de nós, portanto, estará diante de Jesus no dia do juízo, então – advertiu o Papa retomando as palavras do Evangelho de Lucas, “não os deixe enganar”. E a enganação de que fala é “alienação”, “o estranhamento”, a enganação das “coisas que são superficiais, que não têm transcendência”, de “viver como se jamais fôssemos morrer”. “Quando virá o Senhor”, como me encontrará? Esperando ou em meio a tantas alienações da vida?

“Eu me lembro quando era criança e fazia catecismo, nos ensinavam quatro coisas: morte, juízo, inferno ou glória. Depois do juízo havia esta possibilidade. ‘Mas padre, isto é para nos assustar…’ – ‘Não, é a verdade! Porque se não cuidares do coração para que o Senhor esteja contigo e vives afastado sempre do Senhor, talvez haja o perigo, o risco de continuar afastado da eternidade do Senhor’. É horrível isso!”.

“Não teremos medo da morte se formos fiéis ao Senhor no momento de prestar contas. E concluindo, Francisco se inspira na leitura do Apocalipse de João; no conselho do Apóstolo: ‘Seja fiel até a morte – diz o Senhor – e te darei a coroa da vida’”.

“A fidelidade ao Senhor não desilude. Se cada um de nós for fiel ao Senhor, quando a morte chegar, diremos como Francisco: ‘vinde, irmã morte’… Ela não nos assustará. E quando será o dia do juízo, diremos ao Senhor: ‘Senhor, tenho tantos pecados, mas tentei ser fiel’. E o Senhor é bom. Este é o conselho que lhes dou: ‘Sejam fieis até a morte e lhes darei a coroa da vida’. Com esta fidelidade não teremos medo no fim, não teremos medo no dia do juízo”.

(Rádio Vaticano)

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Top 10
See More
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!