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Tzvetan Todorov, o filósofo da vida moral

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Daniel R. Esparza - publicado em 12/02/17
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Demonstrou através de documentos e testemunhos a dignidade e compaixão nos campos de concentração 

O filósofo búlgaro-francês, sociólogo e crítico literário que escreveu extensivamente sobre a vida moral frente ao totalitarismo, morreu na terça (7 de fevereiro) em um hospital em Paris.

Foi uma das muitas vozes do século XX que nunca deixou de defender a capacidade humana para a vida moral, mesmo nas situações mais extremas. Ou seja, a situação dos campos de concentração nazistas e os Gulags soviéticos (Gulag era um sistema de campos de trabalhos forçados para criminosos, presos políticos e qualquer cidadão em geral que se opusesse ao regime na União Soviética).

Em seu famoso livro “Em Face do Extremo”, o autor reconstrói, com base em documentos e testemunhos, o rico repertório de atos não heroicos, mas comuns, de dignidade, compaixão e cuidado que tornaram possível a sobrevivência no campo de concentração e no Gulag.

O trabalho de Todorov sobre estas questões apresenta as virtudes cotidianas e comuns como base viável e acessível para a moralidade contemporânea.

Ao contrário de alguns de seus contemporâneos, que alegaram que para sobreviver neste casos todas as classes de vida moral tiveram que ser abandonadas, Todorov reuniu uma quantidade impressionante de testemunhos que apontam em uma direção totalmente oposta: os que sobreviveram sempre dependeram da ajuda outro, o que torna a solidariedade a chave da virtude social.

 

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