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São Francisco Marto, o menininho que viu Nossa Senhora de Fátima!

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Aleteia Brasil - publicado em 14/03/17
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Ele tinha apenas 9 anos, mas levou a sério com generosidade o pedido para rezar e sacrificar-se pela conversão dos pecadoresAo beato Francisco, o que mais o impressionava e absorvia era Deus naquela luz imensa que penetrara no íntimo dos três (…) Na sua vida, dá-se uma transformação que poderíamos chamar radical, uma transformação certamente não comum em crianças da sua idade (…) Suportou os grandes sofrimentos da doença que o levou à morte, sem nunca se lamentar. Tudo lhe parecia pouco para consolar Jesus

São João Paulo II, 13 de maio de 2000

O pastorzinho de Fátima

São Francisco Marto (ainda beato na ocasião do texto citado acima) nasceu em 11 de junho de 1908 e foi batizado nove dias depois, na pequena Fátima, em Portugal. Parecido com os demais meninos da sua terra, tanto nas atividades de criança quanto no jeito de se vestir, ele guardava na alma, porém, virtudes especialmente notáveis: muita humildade, paciência e doçura. Desde bem cedo já ajudava a cuidar dos rebanhos do pai, e, todo dia, rumava para os campos com a irmãzinha Jacinta, dois anos mais nova, e a prima Lúcia, mais velha que ambos. Nas brincadeiras da infância, o pequeno tocava o pífaro, um tipo simples de flauta, e as duas meninas dançavam. Ensinados pelos pais, eles sempre dedicavam tempo à oração do terço – ainda que às pressas, como crianças que eram!

Eis que aparece um Anjo

Em 1916, quando Francisco tinha 8 anos, apareceu às três crianças um jovem Anjo “que o sol tornava transparente como se fosse de cristal”, segundo o relato, anos depois, da irmã Lúcia. O Anjo apareceu três vezes para os três pastorinhos ao longo daquele ano. Por ocasião da segunda aparição, o Anjo lhes disse, enquanto brincavam:

Que fazeis? Orai, orai muito. Os Corações de Jesus e Maria têm sobre vós desígnios de misericórdia. Oferecei, constantemente, ao Altíssimo orações e sacrifícios”.

Na última aparição, o Anjo lhes deu a Primeira Comunhão:

Tomai e bebei o Corpo e o Sangue de Jesus Cristo, horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai os seus crimes e consolai o vosso Deus”.

Tal pedido se gravou para sempre na alma pura do pequeno Francisco, que se preocupava com grande sinceridade em consolar o Coração de Jesus na terra e no Céu.

As aparições de Nossa Senhora

Entre os dias 13 de maio e 13 de outubro de 1917, Nossa Senhora apareceu aos três pastorinhos na hoje tão conhecida Cova da Iria, em Fátima, e lhes pediu, em todas as aparições, que rezassem o terço diariamente. Francisco, em especial, tinha que rezar muitos terços a fim de ir para o Céu. Nossa Senhora também lhes perguntou se podiam oferecer sacrifícios em reparação dos pecados da humanidade e pela conversão dos pecadores. Foi nessas aparições que as três crianças viram o Imaculado Coração de Maria cravado de espinhos pelos nossos pecados, bem como tiveram um vislumbre do inferno.

Em agosto, Nossa Senhora lhes pediu explicitamente:

Rezai, rezai muito e fazei sacrifícios pelos pecadores. Vão muitas almas para o inferno por não haver quem se sacrifique e peça por elas”.

Na última aparição, Nosso Senhor realizou o milagre já prometido por Sua Mãe meses antes. Quando acabou de conversar com as três crianças, Nossa Senhora lhes pediu novamente, com semblante entristecido:

Não ofendam mais a Deus Nosso Senhor, que já está muito ofendido”.

Oração e sacrifício

O pedido de Nossa Senhora para que rezemos e nos sacrifiquemos em reparação dos pecados e pela conversão dos pecadores foi constante e claro na mensagem de Nossa Senhora de Fátima, assim como é clara e maravilhosa a promessa da vitória: Maria declarou com firmeza que, no fim, o seu Imaculado Coração triunfará!

Francisco era um menininho de apenas 9 anos quando testemunhou todas essas aparições de Maria e, dócil à Vontade de Deus, respondeu com generosidade, assim como as também pequenas Jacinta e Lúcia: eles davam seu almoço aos pobres, enfrentavam dias quentes sem beber água fresca, atavam uma corda apertada à cintura… Mas, acima de tudo isso, rezavam mais, oferecendo a Deus, com alegria, uma parte do seu tempo de brincadeiras infantis.

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A partir de matéria da revista portuguesa “Partilha”, das Equipas de Jovens de Nossa Senhora, edição de fevereiro de 2011

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