Quem teve este privilégio foi São Germano JoséGermano nasceu no ano 1.150 em Colônia, na Alemanha. Era de família poderosa e abastada, que, ainda na sua infância, perdeu todas as suas posses e passou a viver na pobreza.
Mas o que marcou mesmo os tempos de criança de Germano foram as aparições da Virgem Maria, que são contadas em muitas passagens de sua vida. Os fatos foram registrados pela Igreja e narrados pela tradição dos fiéis. Esses registros não ocorreram só na sua juventude, mas durante toda a sua vida. Apesar da falência da família, graças aos próprios esforços, ele estudou e se formou em ciências humanas, assim como, depois, conseguiu o que mais desejava: ingressar num convento para sua formação religiosa. Germano pertenceu à Ordem dos Premonstratenses.
Quanto às revelações, narra a tradição que, desde muito pequeno, Germano conversava horas e horas com Nossa Senhora. Certa vez, teria trazido uma maçã para oferecer a ela e ela estendeu a mão para apanhar a fruta.
Em outra ocasião, teria brincado com o Menino Jesus sob o olhar da Virgem Mãe, que lhe teria apontado uma pedra do piso da igreja, sob a qual Germano sempre acharia dinheiro para seus calçados e roupas, já que o pai não podia mais lhe oferecer nem o mínimo necessário para sobreviver.
Mais velho, conta-se que, ao rezar diante do altar de Maria, uma estranha luz o cercava e ele entrava em êxtase contemplativo.
No fim da vida, ao visitar um convento de religiosas, vizinho ao seu, determinou o lugar onde queria ser enterrado. Era mais um aviso antecipado, pois ali morreu dias depois, durante uma missa, no dia 7 de abril de 1241. Foi enterrado onde desejava.
Desde então, sua sepultura se tornou um local de peregrinação, onde os devotos agradeciam e obtinham graças por sua intercessão, até com a cura de doenças fatais, segundo a tradição dos fiéis. Entretanto, muito tempo depois, quando do seu traslado para o convento onde vivera e trabalhara, por ordem do bispo, Descobriu-se que seu corpo ainda não tinha sinais de decomposição.
Germano José teve sua beatificação em 1958, através do Papa Pio XII e, dois anos depois, o Papa João XXIII aprovou seu culto litúrgico para o dia de sua morte, 7 de abril, autorizando que, ao lado do seu nome, fosse inserida a palavra “santo”.
A igreja de Steinfeld, que ainda hoje guarda suas relíquias, foi declarada basílica menor, sendo ainda local de peregrinação dos fiéis.
Via AASCJ