O Papa citou uma palavra-chave do poder de JesusO Santo Padre concluiu sua Visita Pastoral a Gênova, nesse sábado, presidindo a uma missa no Largo Kennedy da cidade.
Em sua homilia aos milhares de fiéis presentes, o Papa citou as palavras de Jesus antes da sua Ascensão ao Céu: “Foi-me dado todo poder no céu e na terra”.
O poder de Jesus e a força de Deus são temas que permeiam as leituras da Liturgia de hoje sobre a Ascensão do Senhor. Mas, no que consistem esta força e este poder? Falando de poder de ligar o Céu e a Terra, o Papa respondeu:
“Quando Jesus subiu ao Pai, a nossa carne humana cruzou o limiar da porta do Céu; a nossa humanidade está em Deus, para sempre. Deus jamais se separará dos homens. Jesus prepara o lugar para cada um de nós no Céu. Eis o poder de Jesus: manter-nos ligados com o Céu”.
Porém, – acrescentou o Papa – este poder de Jesus não acaba com a sua Ascensão ao Céu, mas continua hoje e sempre: “Eu estarei com vocês até o fim do mundo”. Logo, Jesus está conosco e intercede por nós junto do Pai. Eis, então, que a palavra-chave do seu “poder” é “intercessão” por nós. E acrescentou:
“Esta capacidade de interceder, Jesus deu também a nós, à sua Igreja, que tem o poder e o dever de interceder e rezar por todos. Ele é a nossa âncora! Na oração, confiamos o nosso mundo a Deus. Intercessão é caridade, é pedir, bater à porta, buscar e colocar-se em jogo. Logo, interceder, sem cessar, é a nossa primeira responsabilidade de cristãos; é a nossa missão!”.
Além da intercessão, o Papa acrescentou outra palavra-chave do poder de Jesus: o “anúncio”. O Senhor envia seus discípulos a anunciar a sua Mensagem, com o poder do Espírito Santo. Trata-se de um ato de extrema confiança. Ele confia em nós, apesar das nossas faltas e de não sermos perfeitos. Mas, podemos superar uma nossa grande “imperfeição”: o “fechamento”. E explicou:
“O Evangelho não pode ser fechado e sigilado, porque o amor de Deus é dinâmico e deve chegar a todos. Para anunciar é preciso ir com confiança, sair de si mesmos, livres de qualquer tentação de comodismo. Com o Batismo, Jesus conferiu a cada um de nós o poder de anunciar. Eis a identidade do cristão!”.
O cristão – disse ainda Francisco – é um peregrino, um missionário, um maratonista esperançoso, confiante e ativo, criativo e respeitoso, empreendedor e aberto, laborioso e solidário. Com este estilo, como fizeram os discípulos, – frisou – o cristão deve percorrer as estradas do mundo transmitindo a Mensagem de Jesus, com a força límpida e mansa do seu alegre testemunho.
O Papa concluiu sua homilia pedindo ao Senhor a graça de dedicar-nos plenamente à urgente missão, trabalhando concretamente pelo bem comum e pela paz!