Imagem emblemática evoca a opressão comunista que também foi imposta à terra natal do Papa que lutou pela liberdadeO episcopado venezuelano tem reiterado com veemência a preocupação da Igreja com a situação de extrema truculência imposta à Venezuela pelo autoritarismo do governo socialista de Nicolás Maduro.
E os bispos não estão sozinhos: religiosos, religiosas e leigos católicos, em meio às manifestações que vêm tomando diariamente as ruas do país, também estão cumprindo a sua missão de defender a justiça, o respeito à liberdade e o fim da repressão.
A posição da Igreja foi mais uma vez reforçada neste último fim de semana, em Caracas, quando a Conferência Venezuelana de Religiosos e Religiosas (Conver) realizou uma caminhada de oração pela paz.
A mordaça da repressão comunista
Uma cena em especial se tornou emblemática deste evento: foi colocada uma mordaça na boca de uma estátua que representa São João Paulo II.
Embora não tenha sido organizado nem realizado pela Conver, o episódio “deixa uma mensagem clara”, refletiu o leigo José Luis Parra: “ela denuncia o sistema de governo que impera na Venezuela e a repressão a que os jovens são submetidos atualmente”.
A lembrança da repressão comunista sofrida por São João Paulo II e pelos seus conterrâneos na Polônia e nos demais países subjugados pela ditadura soviética foi levada em conta ao longo de toda a caminhada organizada pelos religiosos, que também organizaram uma “Via Lúcis” (“Caminho da Luz”) para refletir, inspirados pela Palavra de Deus, sobre a dramática realidade atual da Venezuela.