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10 pontos para entendermos a existência da religião

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Miriam Diez Bosch - publicado em 30/06/17
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Aqui estão as principais teorias do sociólogo e teólogo Peter BergerSociólogo e teólogo nascido em 1.929, Berger deu grandes contribuições no campo da Sociologia do Conhecimento e da Religião. Depois de sua morte, deixou como legado a concepção de uma sociedade que entende o indivíduo como produto social definido por sua própria biografia e pelo meio ambiente.

Como ele analisa a religião? A partir do mesmo ponto de vista? Estes 10 pontos resumem as principais teorias do também fundador do Instituto de Cultura, Religião e Assuntos Internacionais da Universidade de Boston:

  1. A religião nasce como uma resposta coletiva diante da ameaça de desordem e caos: para Berger, a busca do sentido é uma necessidade antropológica.
  2. As religiões são a bússola para dar explicação a tudo o que envolve o mundo dos humanos, deixando poucos cabos soltos: historicamente, as religiões foram os marcos sagrados que a humanidade construiu e transformou em barreiras diante da vulnerabilidade de sua condição.
  3. A religião é perene, mas as religiões são filhas de seu tempo: a necessidade da religião tem um caráter universal e origens biológicas, mas a forma concreta através da qual as diversas sociedades têm resolvido esta necessidade é social e contextual. O autor dá especial ênfase neste fato.
  4. Deve-se assumir uma posição baseada no ateísmo para investigar a religião a partir de uma perspectiva sociológica. Este ateísmo é decorrente da vontade de compreender as religiões como fenômenos da experiência humana, mas nunca deve ser uma postura beligerante ou indiferente ao fato religioso.
  5. A experiência religiosa seria muito efêmera sem uma instituição que a preservasse e que a transmitisse de geração em geração.
  6. As religiões caracterizam-se pela construção de um cosmos sagrado que media as relações com a transcendência. Além disso, elas estabelecem fronteiras entre o sagrado e o profano.
  7. O sagrado, para Berger, é um tipo de poder misterioso e imponente que pode ser atribuído a certos objetos, lugares ou até espaços de tempo. Trata-se de algo extraordinário, que faz com que o indivíduo saia da realidade cotidiana.
  8. Os rituais religiosos servem para lembrar a experiência deste mundo sagrado, para recriar a experiência mística original.
  9. Secularização: a questão que o fez retificar. Para ele, a secularização se baseia principalmente na crença de que a modernização das sociedades conduz à perda de significado da religião. Depois de enunciar e debater neste sentido, seguindo as teorias e reflexões de outros sociólogos, Berger dá um passo atrás e afirma que não há relação causal direta entre secularização e modernização.
  10. Pluralismo: Berger entende que a modernidade não seculariza, mas pluraliza, pois em uma mesma sociedade e em um mesmo contexto convivem diferentes crenças. Este fato faz com que a religião seja um elemento que pode ser escolhido pelo indivíduo.

Referências:

Berger, P. Invitació a la sociología. Una perspectiva humanística. Barcelona: Herder, 1.986

Griera, M.; Clot; A. Peter L. Berger. La sociologia com a forma de consciència. Barcelona: UOC, 2.013

 

 

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