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Quando nos casamos, a família vem junto no pacote!

IN LAWS
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Luz Ivonne Ream - publicado em 25/08/17
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O amor de um casal não deve encontrar obstáculos em outras pessoas – nem mesmo nos pais e sogros Certo dia, ouvi um dos meus filhos – que tem uma relação muito formal com sua namorada– dizer a ela: “você é igualzinha a minha mãe”. A namorada só ria e dizia que a todo o momento ele repetia aquilo, que somos muito parecidas. Eu fiquei vermelha! Sendo muito honesta, isso me preocupou. Não porque eu seja a pior pessoa, mas porque esse tipo de comparação geralmente não agrada muito às noras e aos genros. Eu somente disse que via algumas semelhanças entre nós, mas queria ser tão bonita, carismática e inteligente quanto ela. Rapidamente, me desfiz em elogios para a namorada. São elogios que ela merece, pois é uma moça que ama meu filho.

Depois, chamei meu filho para conversarmos a sós. Pedi que ele evitasse dizer tudo aquilo para sua namorada e que, ao contrário, sempre a fizesse entender que como ela não há duas, nem sua mãe. Expliquei a ele também que, com este tipo de comparação, corríamos o risco de ela não querer mais ficar perto de nós. Disse ainda que entendia que, como ele ainda não está casado, a mulher mais importante da vida dele sou eu, mas depois deve ser sua esposa. Ainda quis tentar fazê-lo compreender que comparações nunca são boas, muito menos quando já estamos casados, pois a qualquer momento a mulher pode mandar o marido de volta para sua “mamita”.

Pois bem! O tema “família” é delicado e sensível. Principalmente nas famílias latinas, pois somos muito grudados e é mais difícil para nós soltarmos nossos filhos.

Missão cumprida

Será preciso repetir que uma vez casados, nossa prioridade deve ser nosso cônjuge? Acho que não, né? É por isso que precisamos viver o casamento de uma maneira inteligente, pois não se trata de deixar de amar, de cuidar, de ver frequentemente nossos pais, mas de ampliar nosso coração e colocar em ordem nossos amores.

Para qualquer pai ou mãe que ama seus filhos, não há nada mais prazeroso que vê-los amando sua esposa ou seu marido. Isso significa que cumprimos nossa missão como formadores primários, ou seja, nós os ensinamos a amar e a respeitar seu cônjuge sobre todos os outros amores.

Na prática

Quando chega a tão esperada hora de começar uma vida matrimonial, para muitos é um grande desafio, pois são dois mundos de costumes e ideias diferentes que agora se unem. Várias dúvidas podem surgir. Mas cada um deve tomar para si a sua responsabilidade para aceitar e ser aceito, juntamente com suas famílias. A possibilidade de nossa família aceitar nosso cônjuge dependerá muito mais de nós mesmos, do lugar que reservamos para nosso marido ou nossa esposa diante de nossa família e vice-versa.

Há alguns pontos básicos que devemos considerar para termos sucesso nesta empreitada:

  • Para começar, devemos, como casal, entender que é preciso criar uma relação equilibrada e que a prioridade em nosso casamento somos nós dois, inclusive quando chegam os filhos. É preciso abraçar a ideia que agora temos que construir um caminho, uma vida juntos, buscar e encontrar vínculos que tornem a nossa relação mais sólida. Isso leva tempo e requer dedicação.
  • Manter uma atitude de gratidão aos nossos sogros é o básico. Se não conseguimos encontrar nada para agradecer, basta recordar que o homem ou a mulher que hoje é nosso caminho para o céu existe graças a eles. Esse ato de reconhecimento não pode gerar nada menos que agradecimento.
  • Lembre-se de que viemos de famílias, cujos hábitos, valores e formas de demonstrar amor podem ser diferentes de outras famílias. Pode ser que a família dela seja muito fria, desunida e distante. E a dele, seja unida e forte. Há que se encontrar um bom equilíbrio para que este tipo de diferença não seja motivo de brigas familiares e não atrapalhe o nosso crescimento como casal. Com nossos constantes atos de amor e de ajuda, e dando o tempo que nosso marido ou mulher merece, faremos com que nosso cônjuge seja (e se sinta) o número 1 de nossa vida.
  • É importante entender que, quando nos reunimos com nossa família, o ambiente deve ser de cordialidade e de paz. Precisamos evitar comentários e situações que deixem o ambiente pesado, hostil ou com clima pesado. Lembre-se de que serão apenas algumas horas que passaremos com a família. E vale a pena colaborar para que este momento seja agradável.
  • Nossos problemas matrimoniais são só nossos. O mesmo acontece com nossa vida íntima. Quando as coisas não estiverem muito bem no casamento, não devemos desabafar com nossos familiares, especialmente com os pais e sogros, pois, ao final do dia, teremos o nosso cônjuge para conversar. É com o marido/esposa que devemos discutir, perdoar, pedir perdão. Lembre-se que, por mais que nossos sogros nos amem, eles não gostam que falemos mal de seus filhos. Então, devemos conversar apenas em casa e tratar as diferenças dentro do lar.
  • Sempre é bom perguntar a nosso cônjuge sobre seus pais, irmãos e pela família em geral. E esse interesse tem que ser verdadeiro, pois aprendemos a amar amando.

Deve-se reconhecer e aceitar que somos um casal e uma só carne. Mesmo assim, somos seres diferentes, duas realidades distintas, pessoas únicas e peculiares. Portanto, nossas famílias também são diferentes, e temos que aceitá-las, respeitá-las e amá-las.

 

 

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