A mídia social está moldando o cérebro
Aristóteles já afirmava: “o homem é um animal social por natureza”. Não é um mistério que os avanços na tecnologia tenham levado ao advento das mídias sociais, porque os seres humanos estão conectados para implorar a conexão com os outros.
Do ponto de vista científico, o cérebro é o órgão social do corpo; foi o que nos motivou a criar mídias sociais. Hoje em dia, no entanto, as mídias sociais estão moldando nossos cérebros. Mas como?
Muitos estudos apontam para efeitos adversos das mídias sociais no cérebro. Mas, neste vídeo sobre o modo como as mídias sociais afetam nossos cérebros, o Dr. Dan Siegel, professor de psiquiatria da UCLA, entra nos detalhes nítidos e conclui que a mídia social não precisa ser ruim; é o que fazemos com ela que conta.
O risco, diz Siegel, reside na falta de exposição a sinais não verbais. A comunicação via mídia social não inclui o tom de voz, a intensidade da voz, a expressão facial etc. Esses sinais não verbais são processados no hemisfério direito do cérebro, que também está vinculado a funções importantes, como a regulação emocional e a memória autobiográfica.
A mídia social, por outro lado, envolve principalmente o hemisfério esquerdo, o que, curiosamente, também avalia as opiniões dos outros sobre nós. Um dos principais perigos, portanto, é que, se permitimos que as mídias sociais substituam os relacionamentos presenciais, arriscamos a negligenciar certas partes do nosso cérebro e as funções que eles desempenham.
As mídias sociais permitem que muitos busquem conexões com pessoas que não podem ver pessoalmente ou com quem de outra forma ficariam fora de contato, e não há nada prejudicial nisso. Mas é nossa responsabilidade usar as mídias sociais como um complemento à comunicação, e não como sua substituição.