Se você quer ser santo DE VERDADE, guarde este material, pois é um guia completo para sua vida espiritual!
Dentre tantos planejamentos que fazemos em nossas vidas, dificilmente vê-se alguém que faz um planejamento de sua espiritualidade. Não digo vida espiritual, pois, na realidade não existe essa separação de vida profissional, vida espiritual, vida intelectual, vida conjugal… existe vida, uma área interfere na outra e todas formam a vida que vivemos ou fingimos viver. Desse modo, torna-se preocupante quando a espiritualidade, que é um fator crucial para a manutenção da vida, se torna algo restrito ao Domingo. Assim, não posso deixar de apontar, que a vivência do Dia do Senhor deve ressoar pela semana e os dias da semana devem conduzir a vivência do Dia do Senhor.
Portanto, a priori, é fundamental se comprometer com a Confissão e a Comunhão, ao menos todos os Domingos e se possível nos dias de semana também.
É importante lembrar que as práticas de devoção são importantes, mas elas nascem e voltam para uma vivência sacramental, que são os faróis de uma vida submetida à Vontade de Deus. Não deixe de refletir sobre isso, uma vida que te permite receber os sacramentos é sinal de que a alma se submeteu aos preceitos de Deus. “Quem me ama obedece os meus mandamentos” (Jo 14, 23).
Então, ter devoções mas não se decidir à uma vida que te propicia receber os Sacramentos é uma espécie de falsidade. Como Judas que beija o Senhor e depois o traí.
Enfim, tendo essa percepção em mente podemos nos dedicar a conhecer o planejamento espiritual que a Igreja nos provê, como mãe cuidadosa e ainda dicas para colocar as sugestões em prática.
As devoções são importantes para nos ajudar na vida de oração. A Igreja atenta ao comportamento humano de muitas vezes rezar somente por si e, no máximo, pelos seus, nos orienta a realizar uma obra de caridade espiritual rezando por determinados fins em prol da fortificação da Igreja, combatendo o egoísmo na oração e por fim a lembrança do auxílio da Igreja Triunfante e Padecente.
Catecismo da Igreja Católica§1472 AS PENAS DO PECADO Para compreender esta doutrina e esta prática da Igreja, é preciso admitir que o pecado tem uma dupla conseqüência. O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, consequentemente, nos toma incapazes da vida eterna; esta privação se chama “pena eterna” do pecado. Por outro lado, todo pecado, mesmo venial, acarreta um apego prejudicial às criaturas que exige purificação, quer aqui na terra, quer depois da morte, no estado chamado “purgatório”. Esta purificação liberta da chamada “pena temporal” do pecado. Essas duas penas não devem ser concebidas como uma espécie de vingança infligida por Deus do exterior, mas, antes, como uma conseqüência da própria natureza do pecado. Uma conversão que procede de uma ardente caridade pode chegar à total purificação do pecador, de tal modo que não haja mais nenhuma pena.
§1473 O perdão do pecado e a restauração da comunhão com Deus implicam a remissão das penas eternas do pecado. Mas permanecem as penas temporais do pecado. Suportando pacientemente os sofrimentos e as provas de todo tipo e, chegada a hora, enfrentando serenamente a morte, o cristão deve esforçar-se para aceitar, como urna graça, essas penas temporais do pecado; deve aplicar-se, por inicio de obras de misericórdia e de caridade, como também pela oração e por diversas práticas de penitência, a despojar-se completamente do “velho homem” para revestir-se do “homem novo”.
“A absolvição sacramental livra a pessoa do inferno e a indulgência livra a pessoa do purgatório”. Padre Paulo Ricardo
Em resumo:
- A Igreja perdoa a culpa do pecado através do Sacramento da Penitência, eliminando a consequência eterna do pecado para o pecador e restaurando-o para a vida da graça.
- O pecador penitente deseja prestar satisfação por seu débito a Deus a quem ele ofendeu através do pecado.
- A Santa Igreja, através do poder de suas chaves, possui a autoridade para abrir caminhos ao penitente para prestar satisfação por seus débitos com Deus extraindo do tesouro dos méritos de Cristo e dos santos.
- Então, a Santa Madre Igreja estabelece certas orações e obras a serem oferecidas sob certas condições, que serão pagas também parcialmente ou totalmente pelo débito devido a Deus.
- O fiel executa as ações prescritas sob as condições estabelecidas para ganhar uma indulgência parcial ou plenária.
- A Igreja atenua a punição merecida ao abrir o tesouro do mérito e aplicar aqueles méritos ao fiel.
- As indulgências ganhas para as Pobres Almas são eficazes pelo modo do sufrágio (per modum suffragii), isto é, dependendo da decisão de Deus e não envolvendo o poder da Igreja, já que a Igreja exerce poder quanto às indulgências para os viventes. (Dr. Remi Amelunxen)
Após o citado acima, você encontrará uma tabela com sugestões de intenções para rezar enquanto realiza alguma tarefa específica ou enquanto realiza uma tarefa em algum local da casa. Por exemplo, enquanto realiza alguma tarefa na cozinha, enquanto limpa algum lugar ou coisa, enfim, a ideia é pensar em uma tarefa que faz todos os dias e durante a sua realização rezar pela intenção sugerida – que claro, pode ser alterada de acordo com sua realidade – a intenção é que se dedique um tempo à oração por outras intenções que, embora muito necessitem, pouco são lembradas.
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Lembrete: para que o fiel lucre indulgência parcial ou plenária, deverá estar em estado de graça (ou seja, ter se confessado e não ter praticado nenhum pecado mortal), participar da Santa Missa (lembrando que a participação da Santa Missa vale somente para lucrar a Indulgência daquele dia), oração pelo Santo Padre, o Papa.
- A pessoa deve estar em estado de graça pela realização da indulgência.
- A pessoa deve ter a intenção de ganhar a indulgência.
- A pessoa deve receber o Sacramento da Penitência e a Sagrada Comunhão dentro de sete dias da indulgência, mas preferencialmente no mesmo dia;
- A pessoa deve rezar em intenção do Papa (isto é, um Pai Nosso e uma Ave Maria bastam).
- A pessoa deve estar livre de toda ligação com o pecado, mesmo os pecados veniais.
- Se alguém tenta ganhar uma indulgência plenária mas falha em cumprir as condições, a indulgência será parcial.
- Primeira Concessão Geral: uma indulgência parcial é garantida ao fiel que, na execução de seus deveres e ao suportar as provações da vida, eleva sua mente com confiança humilde em Deus, adicionando – mesmo se apenas mentalmente – alguma invocação piedosa.
- Segunda Concessão Geral: uma indulgência parcial é garantida ao fiel que num espírito de fé e misericórdia, doa a si mesmo ou os seus bens para ajudar seus irmãos necessitados.
- Terceira Concessão Geral: uma indulgência parcial é garantida ao fiel que num espírito de penitência priva-se voluntariamente do que é lícito e agradável a ele.
- Orações indulgenciadas, tanto as recitadas sozinho, alternadamente com uma companhia, ou ao seguir mentalmente enquanto outro a recita.
- Obras indulgenciadas, como o uso devoto de um artigo de devoção apropriadamente benzido (crucifixos, rosários, escapulários, ou medalhas), leitura da Escritura, fazer o Sinal da Cruz, visitas ao Santíssimo Sacramento, etc.
1. A festa do Santíssimo Nome originou-se no século XVI e era antigamente celebrada no segundo Domingo da Epifania. Foi removido do calendário em 1969, “já que a imposição do nome de Jesus já era comemorada no ofício das Oitavas de Natal.” (motu propri: Mysterii Paschalis, 1969). Foi restaurada em 2002 como uma memória opcional no primeiro dia livre depois de 1º de Janeiro.
4. A devoção a Mãe de Deus em Maio originou-se em Roma no século XVIII para conter a imoralidade e infidelidade entre os estudantes de uma faculdade local. Ladainhas, Magnificat e o Ofício da Imaculada:Indulgência Parcial para cada dia de recitação dentro das normas referentes a Indulgência (pg 24, Manual de Indulgências).
Rosário: Indulgência plenária, se recitado na igreja ou oratório ou em família, na comunidade religiosa ou em piedosa associação; parcial, em outras circunstâncias. (O Rosário é uma fórmula de oração em que distinguimos quinze dezenas de saudações angélicas [Ave-Marias], separadas pela oração dominical [Pai-nosso] e em cada uma recordamos em piedosa meditação os mistérios da nossa redenção.) Chama-se também a terça parte dessa oração o Terço.
Para a indulgência plenária, dentro das normas referentes a Indulgência, determina-se o seguinte: 1. Basta a reza da terça parte do Rosário, mas as cinco dezenas devem-se recitar juntas. 2. Piedosa meditação deve acompanhar a oração vocal. 3. Na recitação pública, devem-se anunciar os mistérios, conforme o costume aprovado do lugar; na recitação privada, basta que o fiel ajunte a meditação dos mistérios à oração vocal. 4. Entre os orientais, onde não existe a prática desta devoção, os Patriarcas poderão determinar outras orações em honra da santíssima Virgem Maria (por exemplo, entre os bizantinos o hino “Akathistos” ou o ofício “Paraclisis”), que gozarão das mesmas indulgências (pg 28, Manual de Indulgências).
“Porque quero que toda a Minha Igreja reconheça essa consagração como um triunfo do Coração Imaculado de Maria, para depois estender o Seu culto e pôr, ao lado da devoção do Meu Divino Coração, a devoção deste Imaculado Coração.” (Senhor Jesus à Irmã Lúcia)
“Olho à Minha volta, vendo os que estão na terra, para ver se por acaso haverá alguém que Me lamente e medite nas Minhas Dores; e verifico que há muito poucos. Portanto, Minha filha, mesmo que Eu seja esquecida por muitos, tu ao menos não te esqueças de Mim. Medita nas Minhas Dores e partilha da Minha tristeza, até onde puderes.” (Nossa Senhora à Santa Brígida)Foi revelado a Santa Brígida por um anjo “que a Santíssima Virgem, mesmo antes de se tornar Sua Mãe, sabendo quanto o Verbo Incarnado iria sofrer pela salvação dos homens, e tendo compaixão deste Salvador inocente, Que seria levado a uma morte tão cruel por crimes que não eram Seus, mesmo então começou o Seu grande martírio.”
7. Devoção pelas pobres almas do purgatório: Indulgências Parcial válida somente para as almas do Purgatório.
Segunda: Dá-lhes Senhor o descanso eterno (indicada para todos os dias, já que é bem curta, pode-se acender uma vela votiva).
Terça: Santo Anjo (pode-se acender uma vela votiva) .
Quarta: A vós, São José (pode-se acender uma vela votiva).
Quinta: Qualquer fórmula de comunhão espiritual (a mais comum é a de Santo Afonso de Ligório, também pode ser feita todos os dias, é bem curta)
Sexta: Dulcíssimo Jesus (Ato de Reparação) ou Dulcíssimo Jesus, Redentor (consagração do gênero humano)
Sábado: Ofício da Imaculada
É possível alternar a intercessão pelos bispos com a pelos políticos e governantes. |
Alguns já devem estar a acreditar que são muitas sugestões, que é impossível. Devo lhe informar que não. Para me fazer compreender deixo abaixo um exemplo referente a um dia, considerando que se esteja trabalhando ou estudando em todos os períodos.
Exemplo de uma Segunda Feira, última semana do mês de Outubro, considerando que a devoção do dia será realizada de manhã e a do mês à noite:
Manhã
Oração da Manhã
1- Angelus + Oração pelas Almas (3 à 5minutos)
ou
2- Laudes + Oração pelas Almas (20 minutos)
ou
3- ambos + Oração pelas Almas (30 minutos)
ou
4- Laudes + Angelus + Terço + Oração pelas Almas (1 hora)
Meio Dia
1-Angelus (3 à 5 minutos)
ou
2- Angelus + Comunhão Espiritual (10 à 15 minutos)
Durante o dia: dedicar o tempo em que realiza uma tarefa ou a própria tarefa e contrariedades daquele dia às almas do purgatório.
Tarde
1-Angelus (3 à 5 minutos)
ou
2- Angelus + Comunhão Espiritual (10 à 15 minutos)
Noite
Devoção do Mês: Novena pelas Almas (fim do mês de outubro em preparo para dia de finados, mas pode ser um terço a mais) + Oração da Noite (ou as Completas) com Exame de Consciência e Comunhão Espiritual (15 à 30 minutos).
Como dito acima é possível realizar as devoções e orações de intercessão de acordo com a rotina do seu dia, mas são todas em sua maioria bem fáceis e simples. Dessa forma é possível deixar as orações em que te permite maior tempo com Deus para o período mais tranquilo da sua rotina.
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https://youtu.be/xg0I8Blan8I
Ana