“Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto, confrontemos”Na berlinda por escancarar cada vez mais a sua real posição quanto a temas fundamentais para a sociedade, como família, amor, sexualidade e conceito de pessoa humana, a rede Globo de televisão tem tido que enfrentar algo incomum para a sua longa hegemonia como canal mais visto do Brasil: crescentes protestos e boicotes de famílias que não aceitam a forma impositiva com que a Globo tem insistido em impor ideologias subjetivistas e relativistas como se fossem absolutas, tanto em sua programação de entretenimento quanto nos programas supostamente “jornalísticos”.
A emissora acusou o recibo neste mês ao lançar uma nova e peculiar campanha institucional na qual afirma que teria 100 milhões de telespectadores no Brasil, acrescentando que muitos gostam dela enquanto “outros dizem que não“. A ironia é dirigida, obviamente, a quem reage à ideologia que o canal está impondo com sanha cada vez mais incontida.
No entanto, não é só o apelo ao deboche que revela o crescente desespero da emissora diante da reação de quem não está a fim de engolir o seu absolutismo ideológico: os próprios números de audiência são questionados até mesmo em sites dedicados ao mundo da televisão. Mauricio Stycer, do UOL, por exemplo, observou que este número está incluindo os acessos aos sites do grupo Globo.
Outro “detalhe” questionável da campanha é a afirmação de que a Globo supostamente não fala com esses 100 milhões de modo genérico, mas sim com “cada um” dos seus telespectadores. Essa afirmação pode ser contestada pelo próprio fato de que a Globo prioriza defensores da sua visão de mundo em detrimento de quem a questiona, ou, em todo caso, evita dar espaço aos críticos que apresentam os argumentos mais objetivos contra as falácias contidas em suas novelas e matérias ditas “informativas”. Foi o que se viu, por exemplo, numa polêmica edição do Fantástico durante a qual foi disparada contra o público uma aberrante lista de informações manipuladas a respeito do aborto. Confira aqui e aqui.
Recentemente, o bispo Dom Celso Marchiori, da diocese paranaense de Apucarana, foi explícito e contundente ao afirmar que “a Globo é um demônio dentro de nossas casas“.
Líderes religiosos de diversos credos têm denunciado abertamente as manipulações veiculadas pela emissora.
Desta vez, um dos sacerdotes mais conhecidos e queridos do Brasil, o Pe. Zezinho, também divulgou a sua opinião sobre os ataques da Globo contra o conceito natural de família, a assim chamada “família tradicional”.
Reproduzimos o seu texto a seguir:
Os novelistas da Globo e a Família Tradicional
Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto, confrontemos.
A Globo não tem medo de nós e nós também não temos medo da Globo.
Não sei se você percebeu, mas o conflito e a ojeriza que se instalou entre a família tradicional e a família “mutante e avançada” foi causado pelos novelistas da Globo.
A Globo ganhou rios de dinheiro com as audiências que os novelistas lhe deram. E eles foram ficando cada dia mais ousados.
Quando veio a reação, lenta, mas inquietante para quem moveu bilhões de $$$, a Globo não sabe como voltar atrás.
O SBT, a RECORD e a BANDEIRANTES, não porque sejam mais respeitosas em outros programas, mas porque nas suas entrevistas e outras mensagens defendem a família tradicional, estão carreando para si a audiência das famílias feridas na sua autoridade, na sua fé e nos seus conceitos de homem, mulher e filhos.
Foi e continua sendo uma guerra de conceitos. E os novelistas, na sua maioria, vestiram a camisa da Globo; e, com exceção de alguns artistas, a Globo vestiu a camisa e a nudez dessas novelas.
Quando levaram o debate para auditórios entre o que é “avançado” e o que é “tradição”, o conflito atingiu os artistas, porque estes agora já não estavam representando o que os novelistas escreviam, mas sim defendendo, como artistas, as suas próprias ideias. Sobrou para os artistas.
Agora, o povo religioso – são milhões, mais do que a audiência da Globo – distingue entre deputados, artistas e diretores sérios e os inimigos de pais, mães, filhos e família.
Se o conflito persistir, não haverá governo para subsidiar as perdas deste canal!
Se existe uma coisa que um canal de TV teme é a perda de audiência e de anunciantes. E acho que é isso que vai acontecer quando as igrejas baterem de frente contra essas mensagens que as desrespeitam.
A Globo está perdendo o coração e a cabeça do povo!
Perdendo muito. Não adianta dizer que chegam a 100 milhões de telespectadores. As igrejas chegam a 180 milhões, embora nem todos frequentem. E nem os 100 milhões são fanáticos pela Globo.
Duvido que os atuais novelistas sejam capazes de mudar os seus temas e o excesso de erotismo e sexo que tanto incomodou as famílias nestes últimos vinte anos!
Se querem diálogo, dialoguemos. Se querem confronto, confrontemos.
Não é a modernidade contra o passado: são 4 mil anos de fé judaica e cristã contra o ateísmo de quem acha que pai e mãe não têm mais poder.
A babá-TV está perdendo o seu charme.
Religiosos de todas igrejas, divulguem isso: vocês têm força. Nós temos força! Cansamos de ver sem reagir!
Pe. Zezinho, scj