Quando o demônio nos vê rezar, procura com todas as forças distrair-nos“Por isso, como diz Santo Isidoro, em tempo algum o demônio sugere pensamentos vãos e terrenos à alma do que quando esta procura rezar e pedir graças a Deus: ‘Quando o demônio nos vê rezar, procura com todas as forças distrair-nos com pensamentos fúteis’.
E por quê? Porque é justamente quando rezamos que mais recebemos os tesouros dos bens celestes.
O maior fruto da oração mental é fazer-nos pedir a Deus as graças necessárias à perseverança e à salvação eterna. Este é o principal motivo porque a oração mental é moralmente necessária para se conservar a graça de Deus, pois, se alma não se recolhe no tempo da meditação para pedir os auxílios necessários à salvação e à perseverança, não o fará em outro tempo.
Porquanto fora da meditação não se pensa em pedi-los, nem mesmo se pensará na necessidade que há de pedi-los. Pelo contrário, quem faz dia por dia sua meditação, conhecerá logo as necessidades de sua alma, os perigos em que se acha e a necessidade que tem de pedir.
Assim rezará e obterá as graças necessárias para perseverar e alcançar a salvação.
Falando de si mesmo, dizia o Padre Segneri, S.J., que, a princípio, se ocupava mais na oração de excitar afetos do que de pedir. Mas, conhecendo depois a grande necessidade e a imensa utilidade dos pedidos, daí por diante nas muitas meditações que fazia se aplicava a fazer súplicas.”
Fonte: Do livro “A Oração” de Santo Afonso de Ligório, via AASCJ