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O romantismo pode prejudicar suas chances de amor verdadeiro

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Luz Ivonne Ream - publicado em 13/02/18
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Apaixonar-se é um sentimento maravilhoso, mas tenha cuidado para não ficar preso(a) nessa fase 

Amar significa colocar todas as características de uma pessoa, boas e ruins, em uma escala e aceitá-la na sua totalidade. Significa apreciar tudo o que há na pessoa; promover suas virtudes, tolerar e minimizar seus defeitos; e apoiá-la para que com nosso amor, ternura, paciência e dedicação, ela possa transformar seus erros em boas decisões.

Amar exige decisão, exige o ato livre e consciente que vem da vontade e que é acompanhado por um sentimento: eu amo amar.

Mas se o amor é tudo e muito mais, por que existe o vício no amor romântico, se todo vício em si é algo ruim, e o amor é bom? Talvez estejamos falando sobre um paradoxo, mas essas situações surgem.

Quando você está se apaixonando, suas emoções e sentimentos aumentam e não são inteiramente precisos.

Nesse estado, ficamos confusos de alguma forma porque estamos imersos em uma euforia que não é realista; estamos cheios de expectativas, mas algumas são ilusões, baseadas no que criamos e fomentamos na nossa imaginação, não com base na realidade.

Assim podemos nos apaixonar pela ideia que formamos da pessoa, aquilo que desejaríamos.

O amor leva tempo, mas a paixão pode ser instantânea. O estado de paixão – que os especialistas dizem que dura uma média de 18 meses – é um fenômeno espontâneo fora da vontade; isso acontece. Nós não saímos na rua dizendo: “Hoje eu vou me apaixonar pela primeira pessoa que aparecer vestindo azul”. Não, isso não funciona assim.

Sem saber como ou quando, encontramo-nos apaixonados. De repente nos encontramos pensando nos aspectos positivos que gostamos na outra pessoa e deixamos de levar em conta seus defeitos.

O perigo começa quando nos entusiasmamos com o fato de “estar apaixonado(a)” por causa da sensação de euforia e entusiasmo que causa – vício no amor romântico – do que por causa da própria pessoa. Então, o que poderia ter crescido em verdadeiro amor se torna um ato egoísta. Quando o viciado parar de sentir o frio na barriga, ele ou ela termina o relacionamento e segue em frente.

Amar não se refere apenas a um sentimento. Os viciados no amor romântico se apaixonam por como eles se sentem quando estão apaixonados. Ou seja, são viciados nesse sentimento de euforia, o êxtase.

Muitas pessoas – e existe mais do que pensamos – são fãs de estar apaixonadas e terminam seus relacionamentos quando a magia de ter encontrado alguém novo desaparece; quando elas começam a encontrar defeitos. O que as agradou antes agora começa a incomodá-las.

A pessoa apaixonada tem dificuldade em se comprometer com a pessoa que atrai sua atenção; a pessoa apaixonada adora viver em um estado de deslumbramento perpétuo.

O amor sem afetações irrealistas é o mais puro e é aquele que traz mais alegria, porque é genuinamente centrado na pessoa amada, enquanto a paixão é, de alguma forma, egoísta, porque está focada em si mesmo, no que se sente.

Claro, é perfeitamente bom e normal sentir-se apaixonado(a) e experimentar tudo o que esse estado nos oferece. Além disso, essa sensação é bastante deliciosa.

O que devemos evitar – e é por causa disso que precisamos procurar ajuda profissional – é manter-se preso lá, querendo viver eternamente no estado eufórico e não nos deixar passar a uma forma mais profunda de amor. Ou seja, ser viciado no amor romântico, idealizado e sem vínculos com a realidade.

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