O maior medalhista olímpico de todos os tempos conta como conseguiu vencer a depressão O ex-nadador Michael Phelps é o maior medalhista olímpico de todos os tempos. Ele conquistou 23 medalhas de ouro, três de prata e duas de bronze. Por isso, para muitos, pode ser uma surpresa o que Phelps revelou: “depois de cada Olimpíada, acho que eu caía em um grande estado de depressão “.
Suas lutas contra a depressão começaram em 2004. O sucesso após cada Olimpíada era seguido pelo uso de drogas e álcool, além de pensamentos suicidas. Ele chegou a ficar cinco dias sozinho e sem comer depois de ser flagrado bêbado. Mas foi só depois dos jogos de 2012 que ele se deu conta de que não queria mais viver sozinho e decidiu procurar tratamento. Recentemente, no Brasil, ele afirmou: “Eu não queria nem viver o dia seguinte. Eu só me conhecia como nadador, não como pessoa. Então, tive que aprender mais sobre mim e busquei ajuda”.
O suicídio é a décima causa de morte nos EUA e leva 45 mil vidas por ano. Segundo a Fundação Americana Para Prevenção ao Suicídio, para cada morte por suicídio, há 25 tentativas. Phelps acha que a grande razão dessas altas taxas é o fato de as pessoas terem medo de falar e de se abrir. Mas, para ele, a sensação de compartilhar seus sentimentos e experiências é “anos-luz melhor do que ganhar a medalha de ouro olímpica”.
O atleta afirma que aprender a discutir suas emoções foi um passo incrivelmente importante na recuperação. “Sou extremamente agradecido por não ter tirado a minha vida”, disse.
Depois de se aposentar das piscinas, Michael Phelps se tornou palestrante e costuma contar sua história de vida para funcionários de empresas. Uma palestra do ex-atleta custa em torno de R$ 1 milhão.