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Autista, vítima de bullying e… satanista: o caminho de volta de Deborah até a Igreja

Deborah Lipsky
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Reportagem local - publicado em 21/03/18
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Deborah relata como enveredou pelo ocultismo, como o diabo assedia pessoas comuns no dia-a-dia e como ela conseguiu se reconciliar com DeusDeborah Lipsky é autora do livro “A Message of Hope: Confessions of a Ex-Satanist” (Uma mensagem de esperança: confissões de uma ex-satanista).

Nascida em Massachusetts, nos Estados Unidos, ela se envolveu com o satanismo quando ainda era adolescente e, depois de vivenciar o horror, o vazio e o chocante, suplicou de Deus a graça de retornar à Igreja Católica. Deborah Lipsky obteve essa graça em 2009.

Em entrevista a Jim Graves, repórter do jornal católico norte-americano National Catholic Register, ela declarou:

“Você ficaria surpreso ao descobrir que cidadãos aparentemente respeitáveis da sua comunidade são membros de clãs satânicos, porque são pessoas que você conhece da rua: são médicos, advogados, até chefes indígenas…”.

Como tudo começou

Deborah é autista, o que a levou a se isolar quando criança. Ela frequentou escolas católicas durante 4 anos, mas a rejeição e o bullying cometido por outras crianças a levaram a adotar um mau comportamento na sala de aula. Deborah se afastava, assim, das religiosas que administravam a escola e que, por causa do seu mau comportamento, “chegaram a sugerir que eu merecia o tratamento que estava recebendo”.

Deborah relatou:

“Eu estava com raiva das freiras e, por isso, por brincadeira e para provocar, comecei a frequentar a escola com o pentagrama. Eu também desenhava o pentagrama nas minhas tarefas. Elas me pediram para sair da escola. Isso foi antes da popularização da internet, então eu comecei a ler sobre satanismo nos livros e logo depois comecei a falar com os satanistas”.

O culto ao diabo

Mais tarde, ela entrou numa seita satânica, mas a abandonou por causa da intensa obscenidade das suas missas negras.

“É a depravação na sua pior forma. O satanismo é um vale-tudo, é a destruição da Igreja e da moralidade tradicional”.

Deborah continuou, falando também de si própria:

“Você se sentiria desconfortável perto de mim, porque eu podia olhar para você com ódio. Eu me considerava muito manipuladora. Você ficaria surpreso ao ver que, ainda bem nova, eu acumulava muita riqueza, mas trabalhava só a metade do tempo [da jornada normal de trabalho]”.

Brechas aparentemente inofensivas: por onde o demônio entra

Deborah alerta: as pessoas convidam o demoníaco a entrar na sua vida mediante diversas brechas – ela as chama de “portais” e cita exemplos prosaicos:

“Um tabuleiro de Ouija… uma daquelas sessões em que você tenta se comunicar com espíritos… Também podemos convidá-los quando nos deixamos levar pela ira e nos recusamos a perdoar. Os demônios conseguem nos levar aos vícios”.

O ponto de virada e o árduo caminho de volta

Por outro lado, ela afirma que os demônios a aterrorizavam:

“Eles vieram para pegar a minha alma, queriam a possessão total. Eu tive um sonho em que um anjo veio me salvar. No dia seguinte eu me levantei e decidi: ‘Eu quero ser católica de novo’”.

Em um momento de esforço para rezar a Deus, Deborah pediu a Ele:

“Deus, eu não sei se você existe, mas, se você existe, me envia uma religiosa que me leve de volta para a Igreja Católica! E, alguns meses depois, isso aconteceu. Nossa Senhora me apresentou alguns padres que tinham experiência em combater o demônio. Entre eles tinha um que vivia no [Estado norte-americano do] Maine. E eu voltei para a Igreja Católica. Eu amo a Igreja e resolvi dedicar a minha vida a ela”.

As recomendações de uma ex-satanista reconciliada com Deus

Deborah, hoje, incentiva os fiéis a levarem uma vida ativa na Igreja Católica, a participarem da Santa Missa, a se confessarem regularmente e a usarem os sacramentais, especialmente a água benta.

Ela também recomenda que os fiéis tomem cuidado com os seus hobbies e diversões:

“Aquele estilo de vida de bebidas, festas e farras pode ser uma oportunidade para o diabo entrar. Eu recomendo também que as pessoas não assistam a filmes de assassinato”.

Afinal, que fruto pretendemos colher se nos alimentamos de morte, maldade, destruição, ainda que aparentemente seja “por diversão”? A própria ideia de “nos divertirmos” consumindo o horror já deveria ser uma óbvia contradição.

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