Os fones de ouvido, a televisão e o videogame parecem mais importantes que você? Saiba por que isso acontece e o que fazer nesses momentosLidar com crianças que não gostam de ouvir pode ser um verdadeiro teste de paciência. Os pais muitas vezes pesam que se o filho não ouve, não presta atenção, parece distraído o tempo todo, é um sinal de desrespeito.
Verdade seja dita, nem sempre é respeito. É também um estágio pelo qual a criança passa enquanto tenta entender o mundo e à medida que a influência dos pais começa a diminuir, ao longo do seu amadurecimento. Por isso pode parecer desrespeito, porém, provavelmente, isso tem mais a ver com o seu desenvolvimento social do que com qualquer outra coisa.
Mesmo com essa perspectiva, pode ser desconcertante quando a televisão, os fones de ouvido ou os videogames se tornam mais importantes do que as comunicações importantes da Mãe e do Pai. Por isso separei 6 dicas que vão lhe ajudar a lidar com crianças que não gostam de ouvir.
1. Escolha a hora certa para conversar
Os pais muitas vezes querem conversar e ser ouvidos quando acham que a hora é certa, mas pode ser útil ter certeza de que você está escolhendo um momento em que a criança esteja pronta para ouvir. Bem no meio de um jogo ou outra conversa pode não ser tão eficaz quanto um pouco mais tarde. Tente algo como: “Eu posso ver que você está ocupado agora; haverá uma pausa em alguns minutos quando poderemos conversar?”
2. Peça que repitam o que ouviram
Uma técnica que podemos usar quando as crianças se distraem durante uma conversa é pedir que repitam o que dissemos para que saibamos que a mensagem foi recebida.
A repetição é parte de uma técnica chamada escuta ativa, em que a mensagem de uma pessoa é importante o suficiente para ser reforçada pela repetição. Então, quando for conversar, peça-lhes que digam o que ouviram. Contar de volta para você também tornará a mensagem mais fácil para a criança lembrar.
3. Tente um toque físico suave
Uma conversa com seu filho pode sempre se tornar mais confortável (para ambos) se você colocar um braço em volta dele ou apertar suavemente seu ombro. As crianças tendem a aprender de maneiras diferentes, e quando usamos as mensagens verbais e o toque apropriado, podemos conseguir mais atenção deles. Mas cuidado: o toque que não é tão gentil pode criar um abismo na comunicação. Portanto certifique-se de que seu toque transmita amor e respeito.
4. Recompense bons comportamentos
Um pequeno incentivo para que a criança faça o certo pode ser poderoso. Se você precisa que seu filho pare de assistir televisão e venha jantar, você pode deixá-lo ter mais 15 minutos com a TV depois do jantar e antes de dormir se ele vier imediatamente e sem reclamar. Oferecer uma recompensa pode ajudar o comportamento de ouvir a melhorar.
5. Escolha suas batalhas
Algumas questões são mais importantes que outras. Por exemplo, se uma regra da família diz que jogos de vídeo só são permitidos depois que a lição de casa estiver terminada é um grande negócio. Quando você precisa se comunicar imediatamente sobre esse tipo de coisa, você precisa chamar a atenção deles na hora. Mas uma toalha molhada que ficou em cima da cama, por outro lado, pode esperar um pouco.
Dar a seus filhos um pouco de folga em coisas assim pode torná-los mais receptivos quando for mais importante.
6. Dê você o exemplo
A modelagem de bons padrões de comunicação familiar e a escuta ativa podem ajudar e muito o seu filho a ouvir. Primeiro, você mostra respeito quando dá tempo para ouvir suas preocupações, e é mais fácil para ele mostrar respeito quando se sente respeitado.
Segundo, as crianças aprendem muito mais com o que veem do que com o que ouvem e modelam seus comportamentos de escuta à medida que aprendem mais sobre comunicações interpessoais. Aproveite o tempo para conversar quando eles estiverem prontos e eles estarão mais propensos a responder quando você precisar deles para ouvir.
A comunicação familiar pode ser uma das questões mais difíceis com as quais os pais têm que lidar, e pode ser facilitada quando ajudamos nossos filhos a aprender a ouvir e quando modelamos nossas próprias habilidades de comunicação em nossas interações com eles.
(Imagens e texto via Papo de Pai)