O Papa Francisco volta a criticar o marxismo, agora no prefácio de um novo livro que reúne textos de Bento XVI sobre fé e políticaO jornal italiano La Stampa divulgou neste domingo o prefácio do livro “Libertar a liberdade – Fé e política no terceiro milênio“. O livro reúne textos do Papa Emérito Bento XVI sobre fé e política. O prefácio é escrito pelo Papa Francisco, que destaca a respeito de Bento XVI: ele viveu “a experiência direta do totalitarismo nazista” e os “limites da obediência ao Estado em favor da liberdade da obediência a Deus”.
Francisco afirma:
“Ao lado de São João Paulo II, ele elabora e propõe uma visão cristã dos direitos humanos capaz de colocar em discussão, em nível prático e teórico, a pretensão totalitária do Estado marxista e da ideologia ateia sobre a qual ele se fundava”.
O Papa observa que o verdadeiro contraste entre o marxismo e o cristianismo não tem a ver com a “atenção preferencial aos pobres” ou com o “sentido de equidade e solidariedade“, mas sim com a “pretensão marxista de colocar o céu na terra“.
O texto critica os “aparentes” direitos humanos, mas que, na verdade, são “orientados para a autodestruição do homem”.
Prossegue o Papa Francisco:
“O seu denominador comum consiste numa única, grande negação: a negação da dependência do amor, a negação de que o homem seja criatura de Deus”.
O Papa declara que existe um “limite para a obediência ao Estado” como necessária defesa diante das “reduções ideológicas do poder”. Esse limite é a consciência perante Deus.
Francisco acrescenta, a respeito dos textos de seu predecessor:
[Que sejam] “fonte de inspiração para uma ação política que, ao colocar a família, a solidariedade e a equidade no centro da sua atenção e da sua programação, olhe verdadeiramente para o futuro com visão de longo prazo”.
Recentemente, o Papa Francisco foi enfático ao criticar uma das mais nefastas tentativas de “aplicar” o marxismo: o comunismo soviético, entre cujas consequências devastadoras esteve um episódio tão abominável quanto o Holocausto, porém bem menos divulgado pela mídia e pelos programas enviesados de ensino formal – o Holodomor: