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A reação dos católicos diante da posição pró-aborto do U2

Il chitarrista The Edge e il cantante Bono degli U2 durante il Joshua Tree Tour 2017 il 28 giugno 2017 al MetLife Stadium a East Rutherford, New Jersey. Mike Coppola/Getty Images/AFP

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ACI Digital - Jaime Septién - publicado em 15/05/18
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Grupo manifestou apoio à revogação da emenda constitucional que proíbe o aborto na Irlanda Na Irlanda, o aborto é proibido constitucionalmente. Graças à oitava emenda, a Constituição assegura que o Estado “reconhece o direito à vida do nascituro, com a devida consideração ao igual direito à vida da mãe, garante em suas leis respeitar e, até onde seja praticável, defender com suas leis e reivindicar esse direito”.

Entretanto, constantemente, as organizações que promovem o aborto buscaram revogar a oitava emenda para facilitar a implantação desta prática.

Por isso, o governo da Irlanda decidiu fazer um referendo popular para decidir se a emenda que defende a vida no ventre materno seja revogada ou não, e ofereceu a possibilidade de criar uma lei para permitir o aborto até a 12.ª semana de gestação, caso vença o “sim”.

A banda irlandesa de rock U2 saiu em defesa da revogação da emenda, apesar de seu líder, Bono, ser um conhecido defensor dos direitos humanos e ter trabalhado em causas humanitárias ao redor do planeta. No ano 2000, ele inclusive colaborou com São João Paulo II num projeto para cancelar as dívidas das nações mais pobres do mundo.

No Twitter oficial da banda, muitos fãs se sentiram decepcionados com a posição do grupo a favor da revogação da oitava emenda.

Em artigo publicado pelo The Catholic Herald, o padre Damian Ference, que também é professor assistente de Filosofia no seminário de Cleveland, nos Estados Unidos, escreveu: “Eu gosto do Bono e continuo pensando que o U2 é uma das melhores bandas de todos os tempos. Mas estou muito decepcionado com a decisão deles de apoiar a revogação da emenda. Por quê? Porque muitas canções da banda, incluindo Yahweh, 40 e All Because of You, estão arraigadas na Bíblia e o U2, historicamente, sempre ficou do lado dos mais vulneráveis”, diz o padre Ference.

E o sacerdote acrescenta: “Bono, especificamente, canalizando o espírito e a memória de Martin Luther King, me inspirou (e imagino que também tenha inspirado milhões de fãs do U2) a considerar os males do racismo e da desigualdade e a defender a justiça, o bem comum e a dignidade da vida humana.”

O que teria acontecido com esta personalidade que, agora, está comprometida com a revogação constitucional que legalizaria o aborto na Irlanda? “Entendo que o debate sobre o aborto é complexo, mas o que não é complexo é que o aborto é o assassinato direto de uma vida inocente. Sem o direito fundamental à vida, todos os outros direitos humanos […] estão ameaçados”, escreveu  Ference.

Mais adiante, o sacerdote se pergunta sobre a resposta católica ao apoio do U2 ao referendo. As opiniões estão divididas. Muitos já disseram que não vão mais aos shows da turnê “Experience+Inocence”. Outros, entretanto, elogiaram a banda pelo ativismo político e agradeceram ao grupo por apoiar as mulheres.

“Seria mais inovador, artístico e profético para o U2 defender corajosamente a vida dos inocentes de sua terra natal, assim como a de todas as mulheres e homens da Irlanda, mas especialmente as mulheres grávidas e a novas mães necessitadas de amizade, compaixão e apoio”, finaliza o artigo do padre Ference.



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