Foi com a cor do manto de Nossa Senhora que o Brasil conquistou a sua primeira Copa do Mundo A expressão “manto sagrado” é muito utilizada quando um torcedor se refere ao uniforme do seu time do coração. Mas a expressão é ainda mais carregada de sentido quando pensamos na história em torno da camisa azul da seleção brasileira de Futebol.
Até a Copa de 1950, o uniforme do Brasil era branco. Mas, com a derrota para o Uruguai em pleno Maracanã, a camisa foi abolida. Adotaram-se, então, a camisa amarela com detalhes em verde, calções azuis e meias brancas.
Em 1958, na Copa da Suécia, o Brasil chegou à final justamente contra os anfitriões. Depois do sorteio, ficou decidido que a equipe sueca jogaria com camisas amarelas, cabendo ao Brasil optar pelo uniforme reserva. Só que o time brasileiro não tinha levado outra opção de camisa.
A solução encontrada pelos membros da delegação foi sair para comprar camisas azuis em Estocolmo. Depois, parte da equipe passou a noite inteira costurando os números e o brasão no uniforme reserva.
Entretanto, sobre os jogadores pairava o fantasma de 50, quando a “amarelinha” não foi usada e a taça não veio. Foi aí que entrou em cena a fé do então chefe da delegação brasileira, Paulo Machado de Carvalho. Ele pediu aos jogadores que não se preocupassem, pois eles entrariam em campo vestindo a cor do manto de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, cuja imagem acompanhara o time nos 5 jogos daquele Mundial.
Então, a seleção brasileira entrou em campo com a camisa azul e venceu a Suécia por 5 a 2, conquistando pela primeira vez o título de campeã da Copa do Mundo.
Em 1994, na Copa dos Estados Unidos, Romário, vestindo azul e contra a Suécia fez o gol que levou o Brasil para final contra a Itália.
E a “azulzinha”, obviamente remodelada, está até hoje na bagagem da seleção como plano B.
Com informações de ACI Digital e A12