Um conto pequeno com uma lição giganteEra uma vez…
Dois jovens que se amavam muito. Ele sonhador e ela interesseira e má. A fim de provar o amor de seu amado, pô-lo à prova. Pediu que ele trouxesse o coração de sua mãe, para testar a sua fidelidade.
Assim, o rapaz, triste e abatido, mas apaixonado, cometeu o horrível crime. Após matar sua própria mãe, embrulhou o coração dela num tecido e apressadamente levou-o à sua namorada, como prova que seu amor era maior do que tudo.
No caminho, como corria muito, caiu. E o coração rolou ao chão, e de dentro saiu uma voz que dizia: “Meu filho! Você se machucou?”.
Temos representado nesse conto três amores: o amor egoísta do filho por sua amada, a da jovem que ama a si mesma a ponto de tornar-se uma assassina, e finalmente o sentimento puro da mãe, que tudo ama e tudo perdoa.
O amor de uma mãe foi sempre representado com essa pureza de intenção, abnegação, entrega. Um amor sem limites, profundo, que ultrapassa todas as barreiras humanas. Em uma só palavra, o reflexo do amor de Deus.
Sim. Pois Deus é amor. O apóstolo do amor, São João, afirma que: “Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é amor” (1 João 4,8).
Ora, então, como podemos explicar que o amor pode levar ao crime, como descrito acima?
Santo Agostinho, quando trata sobre a caridade, nos explica que o amor é sempre bom. Mas o objeto amado é que fica a sujeito ao erro. No caso acima, o rapaz enamorado escolheu uma pessoa má para depositar sua paixão. Essa é uma razão pela qual devemos ter muito cuidado quanto à escolha do objeto amado, para dar o nosso amor.
Nosso Senhor Jesus Cristo nos ensina: “Este é o meu mandamento: amai-vos uns aos outros, como eu vos amo. Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a sua vida por seus amigos” (João 15,12,13).
Amar todas as criaturas por amor de Deus: é nessa medida que poderemos encontrar a verdadeira paz que o mundo atual tanto procura, pois, como diz São Bernardo, “a medida de amar a Deus é amá-lo sem limites”.
(via Gaudium Press)