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Você está conectado(a) ou preso(a) à internet?

Facebook censura fundação pontifícia
Javier Fiz Pérez - publicado em 03/07/18

O uso excessivo e compulsivo da internet pode causar o “cibervício”O vício em internet – ou “cibervício” – pode ser definido como “a perda do controle frente ao uso racional da internet”.

Um dos fatores de identificação de um ciberviciado é o uso da internet de forma excessiva e compulsiva. Além disso, o indivíduo não consegue parar de acessar a web. Isso traz muitas consequências para a pessoa tanto do ponto de vista individual quanto em relação às responsabilidades sociais.

Atualmente, nós nos conectamos à internet de qualquer lugar através de nossos celulares, tablets e computadores. Nossa vida sem esses dispositivos seria totalmente diferente. Mas, o que acontece se começamos a usar as tecnologias como um fim, em vez de um meio?

Causas do “cibervício”

Para o viciado, a internet cobre ou compensa um déficit de sua personalidade. Pode ser um instrumento de comunicação interpessoal ou uma válvula de escape do mundo real. Em alguns casos, a internet chega a ser uma substituta da vida real. Por isso, pode-se dizer que a rede supre dois tipos de necessidades básicas:

  1. Conseguir que uma pessoa solitária se sinta bem e acompanhada através de jogos, imagens e informação sem ter a necessidade de se comunicar com outra pessoa.
  2. Busca de interação social.

As pessoas que têm depressão tendem a sofrer de “cibervício” também, já que elas se sentem atraídas pela grande variedade de possibilidades que a internet proporciona, além do anonimato.

Normalmente, o “cibervício” é mais comum na adolescência, quando a internet passa a ser o principal meio de socialização para os jovens.

Componentes do vício

A pessoa viciada em internet passa um tempo excessivo navegando pela rede, seja jogando, conversando ou comprando. A vida deste indivíduo é totalmente afetada por esse vício, que se torna um problema para ele e para as pessoas à sua volta.
Em todo vício, podem ser identificados três elementos:

  1. uma pessoa;
  2. circunstâncias pessoais determinadas;
  3. uma substância ou situação que produza prazer.

Mas veja bem: se uma pessoa passa horas conectadas à internet não quer dizer que ela seja uma viciada; temos que conhecer as circunstâncias pessoais e o motivo que a fazem passar tantas horas em frente a um computador.

Não podemos rotular uma pessoa com base apenas no tempo em que ela fica conectada. Então, quando podemos dizer que uma pessoa é viciada em internet? Quais são os sinais de alerta?

Alguns sinais de alerta

  • Ficar conectado à rede durante todo o dia, privando-se de horas de descanso;
  • deixar de prestar atenção a temas importantes ou a outras atividades, como: o contato com a família, as relações sociais, o estudo, o cuidado com a saúde;
  • receber queixas da família ou de amigos em relação ao tempo que você fica na rede;
  • ficar pensando na internet mesmo sem estar conectado;
    mentir sobre o tempo que você passa conectado;
  • reduzir o rendimento nos estudos, passar a apresentar irritabilidade constante e falta de interesse em se relacionar com outras pessoas;
  • sentir-se excessivamente eufórico diante do computador.

Conselhos práticos para pais, mães e educadores

Educar os filhos de maneira preventiva é necessário, já que o uso de novas tecnologias aumentará exponencialmente com o tempo. São instrumentos que, se usados corretamente, podem ser muito eficazes.

Mas, como todos os instrumentos, depende de como são usados e a da finalidade do uso. A educação, neste campo, é insubstituível.

E o que os pais e educadores podem fazer? Uma das dicas é não deixar o computador no quarto das crianças. Coloque-o em um lugar em que a família inteira possa ter acesso fácil (a sala ou a cozinha, por exemplo). Pais e educadores devem limitar o tempo de exposição das crianças às telas, bem como conhecer os jogos e aplicativos que elas usam, além das páginas que estão acessando.

É preciso também dedicar um tempo para falar com as crianças sobre os riscos e os benefícios da internet.



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