Quando a cidade tinha o principal porto americano, era “moda” rezar sobre a água No fim do século XIX, o transporte marítimo impulsionava a economia americana. Nova York era uma próspera cidade portuária. Graças à localização e o baixo nível de profundidade da água, o porto de Nova York recebia mais passageiros e mercadorias do que todos os outros portos dos Estados Unidos. Os navios que transportavam materiais de construção e produtos têxteis atracavam no baixo Manhattan, uma região que, mais tarde, viraria o coração da indústria financeira mundial.
De lá, os primeiros transatlânticos zarpavam toda semana para a Europa e o Caribe.
Foi também neste porto que o Instituto Eclesiástico dos Marinheiros de Nova York e Nova Jersey fundou a primeira igreja flutuante dos Estados Unidos.
A Igreja de Nosso Salvador, erguida pela Sociedade Missionária da Igreja dos Homens Jovens, ficava ancorada no baixo Manhattan. Rapidamente, ela se transformou em um ícone da cidade. Mas foi abandonada em 1866, devido à decomposição dos materiais de que era construída.
No entanto, em 1846, uma segunda igreja flutuante, a igreja do Santo Consolador, foi construída na região oeste de Manhattan. Além dos atendimentos regulares, a igreja proporcionava aos fiéis uma sala de leitura e um grupo de apoio aos marinheiros que enfrentavam o vício do álcool.
As igrejas flutuantes se moviam livremente. Ao longo de décadas, a igreja do Santo Consolador, por exemplo, foi mudada de lugar várias vezes.
Em 1868, os altos custos de manutenção fizeram com que a segunda igreja flutuante de Nova York fosse abandonada. No entanto, um ano depois foi construída uma terceira igreja, chamada também de Nosso Salvador. Esta seria, entretanto, a última igreja flutuante da cidade.
A fascinante história das igrejas flutuantes está bem documentada no arquivo da Sociedade Missionária da Igreja dos Homens Jovens. Segundo os documentos, a igrejas flutuantes de Nova York eram as “únicas entre as estruturas eclesiásticas do mundo” (embora os cambojanos, por exemplo, sejam bastante orgulhosos da igreja flutuante de Chong Khnies) e eram conhecidas como “lugares de refúgio espiritual para os homens tementes a Deus que visitavam o porto de Nova York”.
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