Será que essas brincadeiras estimulam mesmo a violência? Espadas, acessórios de pirata e espadas a laser são apenas incentivadores de violência ou também podem realizar o propósito de educar de alguma forma?
Alguns santos da Igreja Católica como São Jorge e São Miguel Arcanjo trazem uma espada nas mãos, que foram usadas para combater o mal. Esse é um assunto bem complexo, pois alguns pais e educadores acreditam que o uso de espadas em brincadeiras podem estimular a violência. Enquanto outros pensam que brincar com espadas pode ajudar as crianças a conhecer o mundo, aliviar as tensões e vencer os medos.
Será que o fato de usar uma espada de plástico vai tornar a criança violenta?
Crianças acabam imitando personagens bíblicos, super-heróis, sejam eles bons ou ruins. E qual o limite para tal preocupação? Ensinar as crianças a combater o mal como combateram grandes homens e mulheres de Deus em favor do bem. É essencial mostrar-lhes que espadas e flechas são símbolos que foram usados para derrotar o mal.
Assim também o mal do pecado, da maldade, da violência devem ser destruídos da nossa vida com a espada (arma) mais poderosa que é o amor.
O mais importante além do objeto utilizado nas brincadeiras, são os valores que cercam a criança na hora de brincar, porque também uma bola e um carrinho podem gerar atos de violência.
Ensine valores para as crianças
Valores de respeito, de amizade, de proteção ao outro, companheirismo e de combate ao mal precisam ser ensinados às crianças.
Agora veja, para os meninos, principalmente, essa busca por brincadeiras de guerra, polícia e ladrão, a luta do bem contra o mal, estimula a masculinidade e o espírito de aventura e responsabilidade que o menino, futuramente como pai de família, terá sobre uma família por exemplo.
Uma mãe nos contou que seu filho pequeno, de 4 anos mais ou menos, pegou uma espada e disse que ia matar o Golias. A mãe entrou em pânico: “Meu Deus, meu filho está aprendendo a matar!”. Mas essa mãe, e o pai também, contavam ao menino as histórias bíblicas todas as noites, e uma das histórias era a de Davi e Golias. Então, o que o menino queria fazer era errado? Não! Ele queria matar o Golias, pois aprendeu que o Golias era mau.
É aí que entra a educação. Esses meninos que aprendem a lutar e enfrentar o mal com coragem (e até com armas de brinquedo), favorece o crescimento em nossa sociedade de meninos que gostem de ser meninos, que cresçam assumindo sua identidade masculina com a alegria e entusiasmo da infância.
Diálogo
O papel do educador – seja pai, mãe ou outro responsável –, é manter essa visão de que a luta é para vencer o mal, tanto o Golias, na história bíblica, como os males do pecado, da inveja, do roubo e outros assim, que rondam nossa vida real.
Explicar a diferença entre uma luta para vencer esses males e um ato de violência é que vai fazer este menino crescer seguro dos seus atos, e sabendo o papel das brincadeiras e a diferença delas, com as violências reais, que não devemos fazer para os outros ao nosso redor.
O padre Paulo Ricardo fala sobre isso neste vídeo:
Nas brincadeiras infantis, o limite é não machucar, não desrespeitar, não ferir e sempre buscar a vitória do bem sobre o mal.
Com base no pedido de muitos pais, estamos criando livros com conteúdo que ajudem os meninos (principalmente) a viver com naturalidade essas aventuras e lutas na infância. Esperamos que ajude. Deus nos abençoe!
Por Tatiana Ferreira, via Canção Nova