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Possessão diabólica: isso é o que a psicanálise não consegue explicar

Exorcista alerta contra atividade do diabo
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Gelsomino Del Guercio - publicado em 23/08/18
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As mudanças somáticas são os principais sinais da presença satânica, que é inexplicável cientificamente A psicanálise consegue sempre dar explicações sobre os casos de possessões diabólicas? Ou há casos em que Ciência não faz o diagnóstico de um paciente “possuído”? No livro Cosa fare con questi diavoli (Ancora edizioni), Raul Salvucci fala das dores físicas causadas por um malefício que não são explicadas pela Medicina.



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“Os efeitos negativos de uma malefício sobre a saúde são comuns. Eles se apresentam de diversas formas, embora nem sempre estejam presentes e nem sempre se mostram com a mesma intensidade. Isso varia de pessoa para pessoa, de acordo com a constituição física do indivíduo”, diz o autor. 

O limite 

Já o professor, psiquiatra e psicoterapeuta Luigi Janiri explica à Aleteia: “Os fenômenos dificilmente explicáveis pela ciência psiquiátrica e que se encontam nos casos de possessão chamada diabólica deveriam ser os aspectos diagnósticos que diferenciam as condições francamente psicopatológicas (principalmente a histeria e os transtornos dissociativos) e a possessão”. 

7 sinais 

 De acordo com Janiri, os fenômenos reconhecidos como paranormais ou extraordinários, interpretados com base na “presença” e uma entidade estranha no corpo de um indivíduo, são os seguintes: 

  1. Alterações somáticas (mudança na cor dos olhos, estigmas ou outras inscrições na pele, marcas de fogo, efusões de sangue inexplicáveis, grandes mudanças no timbre da voz etc);
  2. Titanismo: o corpo da pessoa assume uma forma desproporcional ao seu porte físico, o que permite que ela levante pesos ou atire objetos que, em condições “normais”, não teria força para fazê-lo;
  3. Levitação;
  4. Falar em línguas que o sujeito não conhece ou em línguas mortas, arcaicas ou desaparecidas;
  5. Leitura do pensamento dos outros, ou seja, adivinhar o que interlocutor está pensando naquele momento;
  6. “Vomitar” objetos que o sujeito não poderia ter ingerido antes;
  7. Hipersensibilidade aos símbolos sagrados. Por exemplo, quando os fenômenos acima mencionadas se manifestam espontaneamente durante uma Missa ou na presença de um sacerdote (exorcista ou não).

Os estigmas e as línguas 

Para Janiri, alguns desses fenômenos estão no limite entre as condições explicáveis pela Medicina e aquelas às quais são atribuídas origens sobrenaturais. Por exemplo, a mudança de voz e algumas alterações na pele podem ser produzidas em estados de alteração psicossomática, como os transtornos conversivos (um tipo de histeria). 

Já a manifestação de línguas pode ser explicada pelo fato de o sujeito já conhecer esses idiomas e que, inconscientemente, tenha conservado alguma lembrança.  

A leitura do pensamento pode ser verificada através das relações interpessoais caracterizadas por altos níveis de sugestionalidade . 

Casos inexplicáveis 

O psiquiatra diz que já foi testemunha dos seguintes fenômenos:

  1. Mudanças de voz. Mulheres que, de repente, começam a falar com voz de homem;
  2. Pessoas miúdas que lançavam bancos pesados da igreja;
  3. Pessoas entrevistadas no México que expressavam frases em um idioma desconhecido, e, depois, soube-se que era um dialeto pré-colombiano. 
  4. Sujeitos entrevistados que “capturavam”o que o examinador estava pensando ou sentindo no momento. 

Estes fenômenos não são necessariamente atribuíveis  à possessão diabólica; têm uma margem de interpretação psicopatológica. 



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