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Toda mãe é uma super-heroína

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Natalia Bialobrzeska - publicado em 27/08/18
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Você não chamará tanta atenção como a Mulher Maravilha, mas sua influência é muito poderosaQuando se trata de estereótipos dos papéis dos homens e das mulheres, muito mudou no mundo ao longo do século passado.

As mentes das pessoas estão se abrindo cada vez mais para a contribuição que as mulheres podem fazer em todos os tipos de papéis na sociedade.

Um homem pode chorar e uma mulher pode ter uma carteira de motorista comercial. Nas lojas, vejo bonecas policiais e conjuntos de robótica para crianças de 4 anos.

Nós constantemente ouvimos o ditado: “Você pode ser o que quiser, então siga seus sonhos, não as expectativas de outras pessoas”.

Se nós, como adultos, podemos fortalecer os alicerces dessa evolução cultural, veremos as futuras gerações crescerem com liberdade para serem elas mesmas e respeitarem o direito de outras pessoas de fazer o mesmo.

Esta transição está mais adiantada em alguns lugares do que em outros. Quando me lembro da minha infância e juventude na Polônia, a partir da perspectiva de uma mulher adulta hoje, vejo que minha educação baseou-se na criação de feminilidade em oposição à masculinidade.

Os interesses e as responsabilidades “masculinos” eram tratados pelos nossos professores como sendo mais valiosos, mais exigentes e, certamente, mais abrangentes. De acordo com a opinião geral naquela época, nós éramos o sexo bonito, mas também o mais frágil – e esse preconceito não se limitava à Polônia.

No entanto, nós, mulheres, sabemos há muito tempo que o apelido “sexo frágil” é, em muitos aspectos, um absurdo.

Agora que as oportunidades estão se abrindo para nós, queremos provar nossa força e nos esforçar para coisas excelentes.

Para algumas mulheres isso significa assumir papéis tradicionalmente reservados aos homens. Essa é certamente uma opção, mas, na verdade, os “papéis das mulheres” (que agora sabemos não são exclusivos para as mulheres), como permanecer em casa para criar filhos, são tão desafiantes – ou mais – como qualquer outra carreira.

Decisões difíceis

Neste contexto, as mães de recém-nascidos enfrentam uma decisão difícil. Elas não são obrigadas a ficar em casa com seu bebê; elas podem organizar sua vida para voltar ao trabalho algumas semanas após o parto. No entanto, é uma situação difícil.

Se você não tira a licença maternidade, você pode ser vista como uma mãe egoísta que só está interessada em sua carreira; por outro lado, se você tirar a licença maternidade, você também pode ser criticada, porque você está “cedendo a estereótipos antiquados”, desperdiçando seu potencial e sacrificando sua carreira.

No final, sabemos que nunca podemos agradar a todos o tempo todo, nem mesmo as pessoas mais próximas de nós – nossos pais, o marido e os amigos íntimos – e muito menos as pessoas com quem trabalhamos.

No final, você é a mãe, e você é a única que tem o direito e o dever de fazer a melhor escolha para você e sua família. Escolher voltar ao trabalho é uma opção aceitável e, muitas vezes, é necessária para manter a renda familiar; mas não há nada menos significativo ou nobre sobre ser uma mãe que fica em casa. Na verdade, você pode escolher um “papel de mulher” e ainda ser uma super-heroína!

Força, teu nome é mulher

No dia em que vi a versão recente do filme da Mulher Maravilha, voltei do cinema entusiasmada. Esta é a primeira vez em Hollywood que uma mulher não só ajuda os homens como uma grande conselheira, mas quebra as regras da Europa do século 2 participando de discussões estratégicas de guerra. E não só é bonita, mas também é uma mulher forte que salva o mundo!

Excelente físico, perspicácia mental e superpoderes são, sem dúvida, o denominador comum de quase todos os heróis. A Mulher Maravilha é mais rica e mais interessante para mim pessoalmente do que qualquer super-herói masculino, porque ela é mulher e sua feminilidade não é acidental para seu personagem. Sua força é totalmente feminina.

Ela deixa sua ilha de Themyscira, povoada exclusivamente por amazonas, para encontrar e enfrentar Ares, o deus da guerra. Na estação ferroviária de Londres, em meio a uma multidão de pessoas, ela vê um vendedor de sorvete pela primeira vez em sua vida. Ao experimentar o sorvete ela fica espantada. É uma cena bonita; há uma massa de pessoas acinzentadas, e lá está ela, impressionada pelo sabor do sorvete.

Lembre-se, ela vai lutar com Ares! Mas ela pode olhar para o vendedor de sorvete e dizer: “Isso é maravilhoso, você deve se orgulhar de si mesmo!”. E quando ela é interrompida pelo choro de um bebê nas trincheiras, esse bebê se torna um estímulo para mudar os planos e ganhar uma pequena batalha, mesmo que apenas um momento antes de ser acalmada pela lógica masculina: “Deixe-o em paz, você não pode salvar a todos”.

Ela traz gentileza, sensibilidade, percepção e sentimentos na brutalidade da realidade. Ela não acha que seu superescudo, martelo ou traje são as únicas coisas que a ajudarão a vencer; como ela diz a si mesma: “É sobre o que você acredita. Eu acredito no amor. Somente o amor pode realmente salvar o mundo”. Claro, ela é um personagem fictício de um filme (elogios para os roteiristas), então é claro que ela diz coisas maravilhosas que a maioria de nós nunca poderia improvisar. Mas eu concordo com o que disse a atriz que interpreta a super-heroína: que toda mãe é uma Mulher Maravilha.

Mães salvam o mundo

Talvez você esteja tentando imaginar uma super-heroína em uma mãe que fica em casa, com os cabelos bagunçados, pegando brinquedos de bebê dispersos e toda a parafernália espalhada por todos os cantos de sua casa.

No entanto, em tudo isso, há paciência, ternura e presença. Há preocupação com os outros. Dedicar anos de sua vida aos seus filhos exige empatia, sensibilidade e uma superabundância de amor. Tudo isso decorre da sua feminilidade única, e através dela você – junto com seu cônjuge – cria um novo ser humano, preparando-o para fazer parte da sociedade. Você faz do mundo um lugar melhor. Podemos dizer que você salvou o mundo – para seus filhos e para todos aqueles que seus filhos irão influenciar.

Você não será seguidA por paparazzi, aparecerá no jornal ou receberá medalhas de honra, mas uma mãe que fica em casa ainda salva o mundo, dia após dia. Se você pensar que o que faz é insignificante, então pense em Marie Curie, Teresa de Lisieux, Papa João Paulo II ou qualquer outra pessoa que tenha feito uma grande diferença no mundo.

Agora, pense no fato de que quando uma mãe segura seu bebê em seus braços, ela está segurando um pequeno ser humano que é como uma tela em branco. É a mãe e o pai que escrevem as primeiras palavras que levarão seu filho através de sua vida. Você sente agora o poder que você tem?

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