A importância de buscar alternativas que tirem as crianças da frente de celulares, tablets e TV’sAs novas tecnologias como celulares, tablets e TV’s, são de grande ajuda para muita gente, mas também podem interferir no desenvolvimento normal de funções como a atenção, a concentração e o autocontrole.
A maioria dos especialistas desaconselha o seu uso nos primeiros anos de vida por causa do alto risco de vício. Nos adultos esse efeito já está demonstrado e suspeita-se que o impacto nas crianças pequenas seja maior ainda, porque o seu cérebro está se desenvolvendo.
Não à toa o Bill Gates, antigo CEO da Microsoft, impediu que seus filhos tivessem celulares até completarem 14 anos (hoje, a idade média para uma criança obter seu primeiro celular é de 10 anos). Steve Jobs foi ainda mais longe: ele revelou em uma entrevista ao New York Times em 2011 que havia proibido seus filhos de usarem o recém-lançado iPad. Na época a Eve Jobs, sua filha mais nova, tinha 16 anos.
Ainda de acordo com o New York Times, chefes e empregados de empresas como Google, Apple, Yahoo e eBay, situadas no famoso Vale do Silício, matriculam seus filhos em uma escola da região que proíbe o uso de computadores, celulares, tablets e TV’s ou qualquer outra tecnologia portátil.
Essa atitude é baseada em estudos recentes, que mostram como a conectividade pode causar danos à mente das crianças em desenvolvimento. Um estudos que publiquei há pouco tempo aqui no PdP, da JAMA Pediatrics, associa a relação direta entre a hiperexposição aos aparelhos eletrônicos, como tablets, jogos de celular e computadores, a atrasos de aprendizado e linguagem.
De acordo com o estudo, brincadeiras são mais valiosas para o cérebro em desenvolvimento do que os aparelhos tecnológicos.
Um dos problemas da modernidade é que a relação com dispositivos eletrônicos tem começado cada vez mais cedo. O uso abusivo dos aparelhos tecnológicos pode causar danos no desenvolvimento, na saúde e no desempenho escolar das crianças.
Mas como evitar tanta exposição a celulares, tablets e TV’s?
Eu vou citar aqui 2 dicas baseadas na minha experiência. Acredito que elas serão úteis na grande maioria dos casos:
1 – Pergunte para a sua filha(o), por exemplo, se ela prefere desenhar, brincar com peças de montar, ouvir uma história, jogar bola, brincar com dinossauros, bonecas, andar de triciclo, fazer uma cabana, entre outras alternativas possíveis. As crianças tendem a apelar para as telas nas horas em que estão mais entediadas.
2 – Reforce os momentos longe das telas com afeto e proximidade! Poucas coisas ajudam tanto uma criança a se sentir bem e fortalecer a sua confiança quanto o afeto e as brincadeiras com seus pais. Associar os momentos sem telas com experiências de carinho e proximidade dos pais ajuda a reduzir a “dependência” dos eletrônicos.
Sua presença amorosa e seu carinho são ingredientes poderosos na formação dos seus filhos.
(via Papo de Pai)