separateurCreated with Sketch.

Papa: o verdadeiro cristão é apaixonado pelo Senhor

SYNOD OF BISHOPS
whatsappfacebooktwitter-xemailnative
Vatican News - publicado em 09/10/18
whatsappfacebooktwitter-xemailnative

Cada um de nós pense: quanto tempo por dia dedico a contemplar o mistério de Jesus?O Papa Francisco celebrou a missa, nesta terça-feira (09/10), na Casa Santa Marta e em sua homilia destacou que a palavra-chave para não errar em nossa vida de cristãos é ser “apaixonados” pelo Senhor e Dele obter inspiração para as nossas ações.

Assim era Paulo, o Apóstolo que hoje descreve a própria vida na Primeira Leitura extraída da Carta aos Gálatas. Um equilíbrio entre “contemplação e serviço”, duas qualidades ilustradas no Evangelho de Lucas da liturgia de hoje, centrado nas figuras de Marta e Maria, irmãs de Lázaro de Betânia, que receberam Jesus em sua casa.

“São duas irmãs que, com sua maneira de agir, nos ensinam como deve caminhar a vida do cristão”, explicou Francisco. “Maria escutava o Senhor, enquanto Marta era perturbada porque estava ocupada nos serviços”. Marta é uma daquelas mulheres “fortes, ressaltou o Papa, é capaz também de repreender o Senhor por não estar presente na morte de seu irmão Lázaro. Sabe como “avançar”, é corajosa, mas não possui a “contemplação”, incapaz de “perder tempo olhando para o Senhor”:

Existem muitos cristãos que vão, sim, à missa aos domingos, mas depois estão sempre atarefados. Não têm tempo nem para os filhos, nem para brincar com os filhos. É feio isso! “Tenho muita coisa para fazer, estou ocupado…” No final das contas se tornam cultores da religião dos atarefados: um grupo de atarefados que está sempre fazendo… mas pare, olhe para o Senhor, tome o Evangelho, ouça a Palavra do Senhor, abra o seu coração … Não: sempre a linguagem das mãos, sempre … Faz o bem, mas não o bem cristão: um bem humano. Falta a contemplação. A Marta faltava isso. Corajosa, ela sempre prosseguiu, carregava as coisas nas mãos, mas lhe faltava a paz: perder tempo olhando para o Senhor.

Ao contrário, Maria: a sua atitude não é um “estar ali passiva”. Ela “olhava para o Senhor porque o Senhor tocava o coração e dali, da inspiração do Senhor, é de onde vem o trabalho que tem que ser feito depois”. É a regra de São Bento, “Ora et labora”, que encarnam os monges e monjas de clausura, que certamente não “ficam o dia todo olhando para o céu. Rezam e trabalham”, disse Francisco. E acima de tudo é o que o Apóstolo Paulo encarnou, como está escrito na Primeira Leitura de hoje: “quando Deus o escolheu”, ressaltou o Papa, “ele não foi pregar” imediatamente, mas “foi rezar”, “contemplar o mistério de Jesus Cristo que lhe foi revelado”:

Tudo o que Paulo fazia tinha este espírito de contemplação, de olhar o Senhor. Era o Senhor que falava do seu coração, porque Paulo era um apaixonado pelo Senhor. E esta é a palavra-chave para não errar: apaixonados. Nós, para saber de que parte estamos, se exageramos porque fazemos uma contemplação demasiada abstrata, inclusive gnóstica, ou se muito atarefados, devemos nos questionar: “Sou apaixonado pelo Senhor? Estou certo, estou certa de que Ele me escolheu? Ou vivo o meu cristianismo assim, fazendo coisas… sim, faço isto, isto, faço mas e o coração? Contempla?”.

É como quando um marido volta para casa do trabalho e encontra sua mulher a acolhê-lo: quem está realmente apaixonado não deixa acomodar e depois continua fazendo os deveres domésticos, mas “dedica tempo para estar com ele”. Eis então, também nós tomamos tempo para o Senhor a serviço dos outros:

Contemplação e serviço: este é o nosso caminho da vida. Cada um de nós pense: quanto tempo por dia dedico a contemplar o mistério de Jesus? E depois: como trabalho? Trabalho tanto que parece uma alienação, ou trabalho coerente com a minha fé, trabalho como um serviço que vem do Evangelho? Nos fazer bem pensar nisto.

(Vatican News)

Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!

Tags:
Top 10
See More
Newsletter
Você gostou deste artigo? Você gostaria de ler mais artigos como este?

Receba a Aleteia em sua caixa de entrada. É grátis!