Será que você é como esse corredor?Imagine esta cena: uma pessoa vestida com roupas de corridas parada na orla de uma praia, e longe, bem longe, está um barco, com a vela levantada e com a proa apontada para o leste. Os dois estão parados e têm em vista a mesma direção.
O corredor dá play na música que toca em seu celular e colocar os fones de ouvido. Em sua mente, ouve o barulho da buzina que determina a hora de começar a correr. Quase no mesmo instante, o barco também dá partida e começa a velejar pelo mar.
A pessoa sente os músculos de suas pernas contraírem e seus pés, calçados com tênis apropriados, pisarem com suavidade no chão de concreto. De canto de olho, percebe que está na mesma velocidade do barco, e dá um sorriso discreto com os lábios – ansiava por vencer desta vez.
Enquanto as músicas ressoam em seus ouvidos, sente o vento vindo de encontro a si e percebe que está um pouco difícil de continuar no mesmo ritmo. Resolve diminuir as passadas e em poucos minutos, nota que o barco está à sua frente. Será impossível alcançá-lo no ritmo em que está.
Uma onda de frustração invade o corredor e, aos poucos, deixa de correr e passa a caminhar. O barquinho chegou ao seu destino e o homem nem se deu ao trabalho de chegar ao fim da praia. Deu meia volta e se distanciou da linha de chegada.
Tome cuidado para não ser como esse corredor, que desanimou apenas porque não chegaria antes do barquinho. Cada um tem seu ritmo, sua passada e é sinal de amor próprio respeitar isso.
Não sabemos as dificuldades que esse barco já teve de encarar e, provavelmente, o piloto deve ter adquirido experiências e aprendizados com o tempo. Mas tudo isso contribuiu para ele chegar onde queria.
Vá com calma, na sua velocidade e aprenda com os companheiros de corrida, com as dores, as vitórias e resistências. Só não desanime, não desista, não dê meia-volta.
Um dia vai ser seu dia de cruzar a linha de chegada. E enquanto esse dia não chega, continue se esforçando e não se compare com os outros.
(via Solta a pipa)