“Preserve a sua alegria”: este é o conselho do Papa Francisco para as grávidasNa maioria das vezes, a maternidade é uma verdadeira alegria. A criança é desejada, querida e aguardada com muita expectativa. O nascimento traz uma imensa felicidade e marca o começo ou o crescimento de uma família. É o início de novos sonhos, projetos e a concretização da vontade do casal de se tornar pai e mãe.
Mas, em meio a esse entusiasmo, os pais podem experimentar momentos de dúvidas: sobre a capacidade de criar um filho, a força do relacionamento conjugal ou até mesmo sobre preocupações financeiras e médicas. Também pode acontecer que outras pessoas, através de comentários inadequados ou depreciativos, acabem com a alegria do casal. Infelizmente, também é possível que uma gravidez não seja, a princípio, motivo de alegria devido a complicações de saúde, por não ter sido planejada ou por ter acontecido em circunstâncias traumáticas.
Na exortação apostólica Amoris Laetitia o Papa convida as mulheres grávidas a se alegrarem: “Não deixe que medos, preocupações, comentários ou problemas de outras pessoas diminuam sua alegria de ser um instrumento de Deus trazer uma nova vida para o mundo”. O pontífice ainda convida todas as mulheres a redescobrir a alegria interior da maternidade – e ele tem boas razões para fazê-lo.
A alegria interior da maternidade
A alegria de que o Papa fala não é um sentimento egoísta de esperar um filho pelo próprio interesse, felicidade ou autorrealização como mãe. É a alegria de participar de uma maneira especial na criação contínua do mundo de Deus. Em toda gravidez, como na de Maria, a mãe trabalha com Deus para realizar o milagre de uma nova vida. Esta consciência de ser um co-criadora traz uma alegria real.
Mesmo nos casos em que as circunstâncias são difíceis ou trágicas, devemos acreditar que Deus pode tomar essa nova vida e realizar milagres nela. Toda nova vida é um mundo de oportunidades. Todo ser humano- quer sua vida nesta terra seja curta ou longa, vivida em meio à riqueza ou pobreza, cheia de alegria ou sofrimento – pode alcançar o céu, a eterna felicidade na presença de Deus. A grávida ajuda a dar à criança essa oportunidade, participando ativamente da vida de seu filho. E isso é motivo de muita alegria.
Toda mulher tem a capacidade de transmitir sua felicidade aos filhos
Já no ventre da mãe, a criança vive essa alegria interior. Ela percebe, ainda que implicitamente, que é amada e desejada, e não uma solução para uma preocupação pessoal. Essa alegria materna é bela, porque é voltada para o outro, tanto para Deus quanto para o filho.
O Papa nos convida a “tentar experimentar esta serena excitação em meio a todas as muitas preocupações, e pedir ao Senhor para preservar sua alegria, para que você possa transmiti-la a seu filho”.
Para finalizar, Francisco lembra ao cântico de alegria de Maria: “Minha alma glorifica ao Senhor e o meu espírito exulta de alegria em Deus, meu Salvador, pois olhou com benevolência sua pobre serva” (Lc 1, 46-48).
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