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Interesse dos americanos pela Bíblia está em queda

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Mario Paredes - publicado em 26/12/18
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Pesquisa constatou que 78% dos adultos “Centrados na Bíblia” “concordam fortemente que o futuro é promissor”. Esse número é de apenas 24% para os adultos “Desprendidos da Bíblia”As descobertas não são excessivamente dramáticas, mas uma nova pesquisa encomendada pela Sociedade Bíblica Americana (ABS) registra um sutil declínio no número de americanos que adotam a Bíblia como ferramenta para a vida diária e acreditam que a Escritura é a “Palavra de Deus”.

A porcentagem de americanos que pensam na Bíblia como “apenas outro livro de histórias e conselhos” cresceu de 18% para 20% da população, em comparação com um ano atrás.

Uma descoberta particularmente notável é que 54% dos americanos se enquadram na categoria rotulada de “Desprendidos da Bíblia”.

Como os pesquisadores observam, esse número não significa que esse maior segmento da população dos EUA “necessariamente tenha sentimentos hostis ou negativos em relação à Bíblia, mas muitos podem simplesmente ser indiferentes”. Ainda assim, a maioria das pessoas nesta categoria “não interage com a Bíblia de forma alguma” e as Escrituras têm um “impacto mínimo em suas vidas”.

Por outro lado, 9% dos americanos são “Centrados na Bíblia”, dos quais 80% “usam a Bíblia todos os dias”. A maioria nesta categoria são homens casados, com idade média de 51 anos, frequentando a igreja semanalmente e vivendo no sul. Os adultos no sul do país mostram o maior compromisso com a Bíblia.

Não surpreendentemente, são os americanos mais jovens – os millennials e a Geração X, hoje com idades entre 19 e 33 anos e 34 e 52 anos – que compõem o maior número de adultos nas categorias “Desprendidos” ou “Neutros” em relação à Bíblia; 63% dos millennials são “Desprendidos” ou “Neutros”; esse número é 65% para a Geração X. Os americanos “Neutros” “interagem com a Bíblia esporadicamente” e 38% dos adultos nessa categoria não têm igreja.

A pesquisa também começou a medir como a Bíblia é classificada como uma “necessidade na vida diária”. Neste quesito, a Bíblia teve que competir com café, “algo doce” e mídia social. Para 37% dos adultos, o café era a necessidade diária mais importante, seguido por “algo doce”, com 28%; a mídia social chegou a 19%, enquanto a Bíblia é uma necessidade diária para apenas 16% dos adultos.

No lado positivo, 57% dos adultos americanos indicam que “desejam usar a Bíblia com mais frequência; até 32% dos adultos “Desprendidos da Bíblia” aparentemente estão abertos a passar mais tempo com a ela; no entanto, 63% nesta categoria estão decididamente “não interessados ​​em usar mais a Bíblia”.

Ainda assim, 66% dos americanos exibem “alguma curiosidade para saber mais sobre o que a Bíblia diz”; 63% indicam que desejam saber mais “sobre quem é Jesus Cristo”.

Não é de surpreender que a curiosidade sobre a Bíblia seja maior entre os frequentadores da Igreja; também é mais forte entre as pessoas que não frequentaram a faculdade e entre as que têm filhos menores em casa; a curiosidade sobre as Escrituras é mais fraca entre aqueles que são “Amigos”, “Neutros” e “Desprendido” da Bíblia.

Quando se trata do “impacto bíblico sobre pensamentos e comportamentos”, mais de 50% dos adultos que usam a Bíblia pelo menos semanalmente relatam que ler as Escrituras os fez se engajar mais em sua fé, e que a prática os fez “mostrar mais comportamento amoroso para com os outros”.

Ainda assim, o número de adultos que “concorda fortemente que a Bíblia contém tudo que uma pessoa precisa saber para viver uma vida significativa” caiu de 44% há um ano para 42%. Esse número caiu de 53% em 2011. Uma queda semelhante é evidente quando se pergunta aos americanos se eles acham que a Bíblia “tem pouca influência na sociedade dos EUA”; esse número caiu de 47% em 2017 para 41%; além disso, 25% dos adultos hoje acham que a “Bíblia tem muita influência” na sociedade – esse número era de 13% em 2011.

Um lapso em relação ao status e valor das Escrituras também aparece quando 56% dos americanos dizem que a Constituição dos EUA é mais importante do que a Bíblia “para o tecido moral de nosso país”. Nesse ponto, como em muitos outros casos, adultos mais velhos são mais propensos a dar classificações mais elevadas do que as gerações mais jovens.

Independentemente da idade, a maioria dos adultos americanos “não acredita que a Bíblia tenha muita influência sobre questões sociais, as decisões que eles tomam sobre dinheiro, política ou sobre o que escolhem assistir na televisão ou nos filmes”. Um quarto dos americanos indica que seus pontos de vista sobre o aborto são influenciados pela Bíblia.

Enquanto 79% dos adultos “acreditam que a moral e os valores da América estão declinando”, apenas 18% dizem que “o declínio é resultado da falta de leitura da Bíblia” – esse número ainda era de 27% em 2018. A ganância corporativa é citada como a maior causa dos males morais do país.

Em suma, a pesquisa mostra que o envolvimento e a consideração pelas Escrituras estão mostrando sinais de declínio – novamente, especialmente entre os jovens americanos; as conclusões trazem um sinal positivo ao poder da Bíblia: a “esperança no futuro” se correlaciona fortemente com o grau de envolvimento com a Bíblia; 78% dos adultos “Centrados na Bíblia” “concordam fortemente que o futuro é promissor”. Esse número é de apenas 24% para os adultos “Desprendidos da Bíblia”.

Há claramente algo poderoso, transformador – um impacto que atinge o núcleo da pessoa humana – que está ligado a um compromisso e a um genuíno amor pelas Escrituras.

A pesquisa foi conduzida pelo Grupo Barna e combinadou entrevistas por telefone e pesquisas online de mais de 2.000 entrevistados. A pesquisa usou uma metodologia que assegurou uma representação significativa entre todas as faixas etárias, etnias e segmentos socioeconômicos da população, incluindo diversas localizações geográficas e distinções entre a cidade e os residentes rurais e suburbanos.

Como resultado, os dados têm um alto grau de validade sociológica e formam uma base empírica para a avaliação do ABS e dos cristãos empenhados em disseminar a Palavra de Deus.

No final, é claro, cabe ao testemunho vivo da Igreja e de seus pregadores, com credibilidade e convicção, defender a Escritura como verdadeiramente a Palavra viva de Deus – e como um lugar privilegiado para encontrar Jesus Cristo.

 

O autor deste artigo, Mario Paredes, é membro do Conselho de Diretores da Sociedade Bíblica Americana, onde atuou anteriormente como diretor do Departamento de Ministérios Católicos.

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